Ácaros de ouvido em cães – Sintomas, causas e tratamento
- VetSağlıkUzmanı

- 12 de out.
- 14 min de leitura
Atualizado: 8 de nov.
O que são ácaros de ouvido em cães?
Os ácaros de ouvido em cães, conhecidos cientificamente como Otodectes cynotis, são parasitas microscópicos que vivem dentro do canal auditivo, alimentando-se de cerúmen, óleo e células mortas da pele. Essa condição é chamada de sarna otodécica ou otocariose canina e representa uma das causas mais comuns de otite externa em cães domésticos.
Apesar de minúsculos, esses parasitas causam intensa coceira, inflamação e dor. Quando não tratados, podem atingir o ouvido médio e interno, levando à perda auditiva permanente ou problemas de equilíbrio.
O ciclo de vida do Otodectes cynotis dura cerca de 21 dias e se completa dentro do ouvido do animal, desde o ovo até o adulto. Por isso, mesmo após a melhora dos sintomas, o tratamento deve continuar até que todas as fases do parasita sejam eliminadas.
Os ácaros de ouvido são altamente contagiosos e podem se espalhar rapidamente em lares com múltiplos cães ou onde há convivência com gatos, já que ambas as espécies podem ser hospedeiras. O contágio ocorre principalmente pelo contato direto com animais infectados, mas também pode acontecer de forma indireta, por meio de objetos contaminados como mantas, escovas e brinquedos.
Sem tratamento adequado, a infestação pode se tornar crônica e causar complicações severas, como hematomas auriculares, otites bacterianas e infecções fúngicas secundárias. Portanto, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar sofrimento e sequelas permanentes.
Tipos de ácaros que afetam os cães
Embora o Otodectes cynotis seja o principal causador de ácaros de ouvido em cães, existem outros tipos de ácaros que podem causar irritação e coceira na pele e no conduto auditivo. Conhecer essas variações é essencial para o diagnóstico correto e o tratamento específico.
Espécie de Ácaro | Local de Infestação | Descrição e Sintomas Principais |
Otodectes cynotis | Ouvido externo | Causa sarna otodécica. Provoca coceira intensa, secreção escura com odor forte e inflamação. Muito contagioso entre cães e gatos. |
Demodex canis | Folículos pilosos e glândulas sebáceas | Provoca demodicose canina (sarna demodécica). Causa queda de pelo localizada, vermelhidão e descamação da pele. |
Sarcoptes scabiei | Pele (região abdominal, orelhas, cotovelos) | Causa sarna sarcóptica. Altamente contagiosa e zoonótica. Provoca coceira intensa, crostas e feridas. |
Cheyletiella yasguri | Dorso e pescoço | Conhecido como “caspa ambulante”. Produz irritação leve a moderada e pode afetar humanos temporariamente. |
Entre todos, o Otodectes cynotis é o mais comum e perigoso para o sistema auditivo. É mais frequentemente diagnosticado em filhotes, cães de orelhas longas (como Cocker Spaniel e Basset Hound) e em animais que convivem com gatos.
A identificação correta do tipo de ácaro é indispensável, pois cada espécie exige tratamento específico. O uso de produtos inadequados pode apenas aliviar os sintomas sem eliminar o parasita, permitindo a reinfestação e o agravamento do quadro.

Causas e modo de transmissão dos ácaros de ouvido em cães
A infestação por ácaros de ouvido em cães ocorre principalmente através do contato direto com outros animais infectados, especialmente gatos, que também são hospedeiros comuns do Otodectes cynotis. Esses parasitas se movem rapidamente de um hospedeiro para outro e conseguem sobreviver por até 3 semanas no ambiente, o que facilita a reinfecção.
Os principais fatores de risco e causas incluem:
Convívio com animais contaminados: o contato com cães ou gatos portadores é a forma mais comum de transmissão. Mesmo breves interações podem ser suficientes para o contágio.
Ambientes compartilhados: locais com alta concentração de animais, como abrigos, pet shops e canis, aumentam o risco de infestação.
Objetos contaminados: escovas, brinquedos, mantas, caminhas e coleiras podem abrigar os parasitas temporariamente.
Sistema imunológico enfraquecido: cães idosos, doentes ou subnutridos são mais suscetíveis à infestação e às infecções secundárias.
Falta de higiene auricular: o acúmulo de cera e sujeira no ouvido cria um ambiente favorável para os ácaros se instalarem e se reproduzirem.
Uma vez no ouvido, os ácaros se alimentam de cerúmen, óleos e células mortas, causando irritação intensa e inflamação. O cão reage coçando e balançando a cabeça constantemente, o que pode provocar lesões, sangramentos e hematomas nas orelhas.
Além da transmissão direta, os ácaros também podem se disseminar para a pele e o corpo do animal, principalmente em casos graves ou prolongados. É por isso que o tratamento deve incluir não apenas as orelhas, mas também o controle ambiental e, se necessário, antiparasitários sistêmicos.
O diagnóstico e o tratamento rápidos são essenciais, pois a infestação pode se espalhar para o ouvido médio e causar otite crônica, dor intensa e até desequilíbrio.
Raças de cães mais suscetíveis aos ácaros de ouvido
Embora qualquer cão possa ser afetado, algumas raças apresentam maior predisposição anatômica ou fisiológica aos ácaros de ouvido devido ao formato das orelhas, à produção excessiva de cera ou à ventilação limitada no canal auditivo.
Raça | Suscetibilidade | Observações |
Cocker Spaniel | Alta | Orelhas longas e fechadas dificultam a ventilação e retêm umidade, criando ambiente ideal para ácaros e fungos. |
Basset Hound | Alta | Canal auditivo profundo e orelhas pesadas favorecem o acúmulo de cera e parasitas. |
Labrador Retriever | Média | Produção de cera abundante e tendência à umidade nas orelhas após banhos ou natação. |
Poodle | Média | Pelos dentro do canal auditivo dificultam a limpeza e aumentam o risco de infecção. |
Bulldog Francês | Média | Orelhas pequenas e dobradas acumulam sujeira facilmente; propenso a inflamações recorrentes. |
Sem Raça Definida (SRD) | Variável | Cães que vivem em ambientes externos e têm contato com outros animais estão em maior risco. |
Além das predisposições raciais, filhotes e cães que convivem com gatos são os grupos mais afetados. Cães com otites recorrentes também têm maior probabilidade de abrigar ácaros, pois a inflamação crônica enfraquece a barreira natural do ouvido.
Independentemente da raça, a prevenção regular — com limpeza auricular, controle de parasitas e visitas veterinárias periódicas — é o método mais eficaz para evitar a infestação.
Sintomas dos ácaros de ouvido em cães
Os sintomas de ácaros de ouvido em cães variam conforme o grau de infestação, mas geralmente são claros e perceptíveis. O primeiro sinal é a coceira intensa, especialmente nas orelhas e na cabeça. O cão tenta aliviar o incômodo coçando com as patas traseiras ou esfregando a cabeça contra móveis e o chão.
Entre os sintomas mais comuns estão:
Coceira constante nas orelhas e cabeça.
Balançar frequente da cabeça, como se tentasse expulsar algo do ouvido.
Secreção escura ou marrom-escura, semelhante à borra de café, dentro do canal auditivo.
Odor desagradável proveniente das orelhas.
Vermelhidão e inflamação visível.
Crosta ou feridas na base das orelhas, causadas por arranhões excessivos.
Sensibilidade ao toque ou dor durante a limpeza ou exame das orelhas.
Mudanças comportamentais, como irritabilidade, agitação ou relutância em brincar.
Nos casos mais graves, o cão pode desenvolver otite externa parasitária — uma inflamação profunda do canal auditivo — e, se não tratada, a infecção pode se estender ao ouvido médio ou interno, causando perda auditiva parcial, desequilíbrio e sintomas neurológicos, como inclinação da cabeça e andar em círculos.
A coceira persistente também pode causar hematoma auricular, uma condição em que pequenos vasos dentro da orelha se rompem devido ao trauma, acumulando sangue sob a pele. Essa complicação requer intervenção veterinária imediata.
Reconhecer os sinais precocemente é essencial para evitar o agravamento do quadro. Mesmo que os sintomas pareçam leves, é importante buscar avaliação veterinária o quanto antes.
Diagnóstico da infestação por ácaros de ouvido em cães
O diagnóstico da otocariose canina deve sempre ser feito por um médico-veterinário. Embora os sintomas sejam típicos, outras doenças de ouvido — como infecções bacterianas, fúngicas e alergias — podem causar sinais semelhantes.
O exame clínico começa com uma avaliação visual das orelhas, observando secreção, inflamação e odor. Em seguida, o veterinário utiliza um otoscópio, que permite visualizar o interior do canal auditivo. Muitas vezes, é possível ver os pequenos ácaros se movendo, o que confirma a suspeita clínica.
Para confirmação laboratorial, o veterinário realiza um exame microscópico de uma amostra do cerúmen coletado com um cotonete estéril. A presença de ácaros adultos, ovos ou larvas confirma o diagnóstico de sarna otodécica.
Exames complementares podem ser solicitados para descartar outras causas:
Citologia auricular: identifica infecções secundárias por bactérias ou fungos.
Cultura microbiológica: recomendada em casos crônicos ou com secreção purulenta.
Avaliação dermatológica: se houver lesões na pele do pescoço, focinho ou patas.
É importante que o diagnóstico seja preciso, pois cada tipo de otite requer um tratamento específico. A automedicação pode mascarar os sintomas e dificultar a cura. Somente o veterinário é capaz de definir o tratamento adequado com base na gravidade e no tipo de infestação.
O diagnóstico precoce garante melhores resultados e evita sequelas, como dor crônica, perda auditiva e infecções internas.
Tratamento dos ácaros de ouvido em cães
O tratamento dos ácaros de ouvido em cães deve sempre ser supervisionado por um médico-veterinário, pois envolve diferentes etapas e pode variar conforme o nível da infestação. O objetivo é eliminar completamente os parasitas, aliviar o desconforto e evitar que a infecção retorne.
O protocolo de tratamento geralmente inclui:
Limpeza profunda das orelhas:O primeiro passo é remover a cera acumulada e os resíduos escuros produzidos pelos ácaros. Isso é feito com soluções auriculares específicas para cães, aplicadas com algodão ou gaze. A limpeza nunca deve ser feita com cotonetes, pois eles podem empurrar a sujeira para dentro do canal auditivo e causar ferimentos.
Aplicação de medicamentos tópicos:Após a limpeza, o veterinário prescreve gotas auriculares acaricidas, que contêm substâncias como selamectina, moxidectina, ivermectina ou milbemicina. Esses medicamentos matam os ácaros adultos e suas larvas, interrompendo o ciclo reprodutivo.
Tratamento sistêmico (oral ou injetável):Em casos mais severos, é necessário utilizar antiparasitários de ação sistêmica, que atuam internamente e ajudam a prevenir novas infestações. Alguns produtos tópicos, aplicados na nuca (spot-on), também têm efeito prolongado contra ácaros e pulgas.
Controle ambiental:O tratamento não se limita ao cão infectado. É essencial limpar e desinfetar o ambiente, incluindo caminhas, cobertores, brinquedos e coleiras, já que os ácaros podem sobreviver até 3 semanas fora do hospedeiro.
Uso de anti-inflamatórios e antibióticos (se necessário):Quando há infecção bacteriana ou fúngica secundária, o veterinário pode prescrever medicamentos adicionais para controlar a inflamação, a dor e as infecções associadas.
O tratamento completo dura, em média, 3 a 4 semanas, podendo se estender em casos mais graves. É importante seguir todas as recomendações até o fim, mesmo que o cão pareça curado antes do prazo. A interrupção precoce do tratamento pode permitir que os ácaros sobrevivam e voltem a se multiplicar.
Durante o período de recuperação, recomenda-se evitar banhos ou entrada de água nas orelhas e continuar com limpezas auriculares leves conforme orientação veterinária. Quando corretamente tratado, o cão se recupera totalmente e não apresenta sequelas.
Complicações e prognóstico da otocariose canina
A otocariose canina, quando diagnosticada e tratada a tempo, tem excelente prognóstico. No entanto, a falta de tratamento ou o uso inadequado de medicamentos pode gerar complicações graves que comprometem a saúde e o bem-estar do cão.
As complicações mais comuns incluem:
Otite externa crônica: inflamação persistente do canal auditivo que pode causar dor intensa, secreção purulenta e odor forte.
Otite média e interna: ocorre quando os ácaros ou a infecção atingem camadas mais profundas do ouvido, resultando em sintomas neurológicos como perda de equilíbrio, inclinação da cabeça e desorientação.
Hematoma auricular: causado pelo rompimento de vasos sanguíneos durante coceiras intensas, formando um inchaço doloroso na orelha.
Infecções bacterianas e fúngicas secundárias: o ambiente inflamado e úmido favorece o crescimento de microorganismos oportunistas.
Perda auditiva permanente: em casos de infecção prolongada e danos ao tímpano.
Apesar dos riscos, a maioria dos cães tratados adequadamente se recupera completamente em poucas semanas. O prognóstico é considerado muito bom quando o tutor segue corretamente as instruções veterinárias e mantém o ambiente limpo.
A prevenção é a chave para evitar novas infestações. A limpeza auricular regular, o uso mensal de antiparasitários e o acompanhamento veterinário são as melhores formas de manter o ouvido do cão saudável.
Com esses cuidados, a otocariose raramente se repete, e o cão pode voltar a levar uma vida ativa, confortável e livre de coceiras.
Cuidados domiciliares e prevenção dos ácaros de ouvido em cães
A prevenção da otocariose canina é simples, mas requer disciplina e constância. Os ácaros de ouvido são altamente contagiosos e podem se multiplicar rapidamente, mesmo em ambientes aparentemente limpos. Por isso, a prevenção deve incluir tanto os cuidados com o cão quanto com o ambiente onde ele vive.
As principais medidas preventivas são:
Limpeza auricular regular:Faça a higiene das orelhas do cão a cada 15 dias com soluções específicas indicadas pelo veterinário. Essa prática remove o excesso de cera e impede o acúmulo de sujeira que serve de alimento para os ácaros.
Uso mensal de antiparasitários:Produtos com ação contra ácaros, pulgas e carrapatos — como os que contêm selamectina, moxidectina, fipronil ou fluralaner — ajudam a manter o cão protegido. O uso contínuo previne novas infestações.
Manter o ambiente limpo e seco:Os ácaros podem sobreviver por até três semanas fora do corpo do hospedeiro. Lave regularmente as camas, cobertores, brinquedos e coleiras com água quente e sabão neutro. Aspire sofás e tapetes semanalmente.
Evitar o contato com animais desconhecidos:O contágio ocorre principalmente pelo contato direto. Evite que o cão brinque com animais de origem desconhecida, especialmente se eles apresentarem coceira nas orelhas.
Verificações de rotina:Examine as orelhas do cão semanalmente. Se houver odor, secreção escura, crostas ou sinais de coceira, leve-o ao veterinário imediatamente.
Fortalecimento do sistema imunológico:Uma alimentação de qualidade, vacinas em dia e controle de parasitas externos fortalecem o organismo e reduzem o risco de infecção.
A prevenção é o melhor tratamento. Cães que mantêm higiene auricular adequada e recebem antiparasitários regularmente raramente sofrem com ácaros de ouvido. Além disso, os tutores devem sempre tratar todos os animais da casa simultaneamente para evitar reinfestações.
Responsabilidades do tutor durante o tratamento
Durante o tratamento dos ácaros de ouvido em cães, o tutor tem um papel essencial no sucesso da recuperação. Mesmo com medicamentos eficazes, a falta de cuidados contínuos pode resultar em reinfestação e infecções secundárias.
As principais responsabilidades incluem:
Seguir rigorosamente as orientações do veterinário:O tratamento deve ser mantido até o fim, mesmo que o cão aparente estar curado. Suspender a medicação antes do tempo permite que os ácaros sobrevivam e voltem a se multiplicar.
Fazer a limpeza correta das orelhas:Use apenas produtos indicados pelo veterinário e algodão ou gaze. A limpeza adequada facilita a ação do medicamento e evita ferimentos.
Tratar todos os animais da casa:Cães e gatos convivendo no mesmo ambiente devem ser tratados simultaneamente, mesmo que não apresentem sintomas, para eliminar completamente os parasitas.
Higienizar o ambiente regularmente:Lave mantas, brinquedos e camas do animal com frequência. Os ácaros podem sobreviver por semanas no ambiente e reinfestar o cão.
Evitar contato com água e umidade:Durante o tratamento, mantenha as orelhas secas. A umidade favorece a proliferação de fungos e bactérias e pode reduzir a eficácia dos medicamentos tópicos.
Observar sinais de melhora ou piora:Caso o cão continue se coçando ou o odor e a secreção persistam, retorne ao veterinário. Pode ser necessário ajustar o tratamento.
Retorno veterinário:Após o término do tratamento, o cão deve ser reavaliado para confirmar a eliminação total dos ácaros.
O comprometimento do tutor é o fator decisivo entre um tratamento eficaz e um quadro crônico. Com atenção e disciplina, o cão se recupera completamente e volta a viver com conforto e bem-estar.
Diferenças entre ácaros de ouvido em cães e em gatos
Embora o parasita principal — Otodectes cynotis — seja o mesmo em cães e gatos, o comportamento da infestação, os sintomas e a resposta ao tratamento podem variar significativamente entre as espécies. Entender essas diferenças ajuda a evitar diagnósticos equivocados e garante um tratamento mais eficaz para cada animal.
Nos cães, os ácaros de ouvido são menos comuns, representando cerca de 10 a 15% dos casos de otite externa parasitária. A infecção tende a ser localizada, afetando geralmente apenas uma orelha, e os sintomas costumam ser moderados. Os cães apresentam secreção escura, odor e coceira, mas raramente desenvolvem infestações generalizadas na pele.
Já nos gatos, a infestação é muito mais frequente — responsável por até 80% dos casos de otite parasitária. Os felinos são mais sensíveis à presença dos ácaros e costumam reagir com coceira intensa, feridas e inflamações severas nas orelhas. Além disso, os gatos podem espalhar os parasitas para outras áreas do corpo, como pescoço e cabeça, por meio do ato de se coçar.
Outra diferença importante é o comportamento social e ambiental:
Os gatos transmitem o parasita com mais facilidade, pois convivem de forma mais próxima com outros felinos.
Os cães geralmente se infectam ao entrar em contato com gatos portadores ou em locais compartilhados, como praças e abrigos.
O tratamento também requer atenção diferenciada. Certos medicamentos seguros para cães — especialmente os que contêm permetrina — são tóxicos para gatos e jamais devem ser usados em felinos. Por isso, cada espécie deve ser tratada com produtos específicos, sempre sob orientação veterinária.
Em resumo:
Nos cães, os ácaros de ouvido são menos frequentes, mas causam desconforto e inflamações localizadas.Nos gatos, são mais comuns, intensos e altamente contagiosos.A prevenção e o diagnóstico precoce são essenciais em ambas as espécies para evitar dor, infecções secundárias e perda auditiva permanente.
Perguntas Frequentes sobre Ácaros de Ouvido em Cães
O que são ácaros de ouvido em cães?
São pequenos parasitas microscópicos, geralmente da espécie Otodectes cynotis, que vivem dentro do canal auditivo dos cães. Eles se alimentam de cera e células mortas da pele, causando coceira intensa, inflamação e desconforto.
Os ácaros de ouvido são contagiosos entre cães?
Sim. Os ácaros de ouvido são altamente contagiosos e passam facilmente de um cão para outro pelo contato direto. Também podem ser transmitidos por meio de objetos contaminados, como camas, brinquedos e coleiras.
Cães podem pegar ácaros de gatos?
Sim. O parasita Otodectes cynotis é o mesmo em ambas as espécies. Se um cão convive com gatos infectados, o risco de contágio é alto.
Os ácaros de ouvido em cães são perigosos?
Sim. Embora pareçam inofensivos, causam dor, inflamação e podem levar à perda auditiva se não forem tratados. Em casos graves, a infecção pode atingir o ouvido interno e causar desequilíbrio e infecções secundárias.
Como identificar ácaros de ouvido em cães?
Os principais sinais incluem coceira intensa, balançar constante da cabeça, secreção escura com odor forte e vermelhidão no ouvido. Em casos avançados, o cão pode desenvolver feridas e crostas ao redor das orelhas.
Como o veterinário diagnostica ácaros de ouvido?
O veterinário examina o canal auditivo com um otoscópio e coleta amostras da secreção para observação no microscópio. O diagnóstico confirmatório depende da visualização dos ácaros, ovos ou larvas.
Os ácaros de ouvido são visíveis a olho nu?
Na maioria das vezes, não. São extremamente pequenos, parecendo pontos brancos que se movem rapidamente. Apenas o microscópio confirma sua presença.
Os ácaros de ouvido causam mau cheiro nas orelhas?
Sim. A presença dos parasitas, junto com a inflamação e o acúmulo de secreção, causa odor desagradável e facilmente perceptível.
Qual é o tratamento para ácaros de ouvido em cães?
O tratamento inclui limpeza profunda das orelhas e aplicação de medicamentos tópicos ou sistêmicos com ação acaricida, como ivermectina, moxidectina ou selamectina. O tratamento dura, em média, 3 a 4 semanas.
Posso usar remédios caseiros para tratar ácaros de ouvido?
Não. Produtos caseiros, como vinagre, óleos ou álcool, podem irritar o canal auditivo e piorar a inflamação. O tratamento deve sempre ser orientado por um veterinário.
Os ácaros de ouvido causam dor no cão?
Sim. A movimentação dos parasitas e a inflamação resultante provocam dor intensa, coceira e desconforto. O cão pode até evitar ser tocado na cabeça.
Os ácaros de ouvido podem causar perda auditiva?
Sim, especialmente em infestações prolongadas. Se o tímpano for afetado, o dano auditivo pode ser permanente.
Os ácaros de ouvido são comuns em filhotes?
Sim. Filhotes têm o sistema imunológico mais fraco e convivem mais de perto com outros animais, o que aumenta a probabilidade de infecção.
Os ácaros de ouvido são transmitidos para humanos?
Raramente. Casos em humanos são incomuns e temporários. Os ácaros preferem hospedeiros animais e não sobrevivem muito tempo na pele humana.
Posso usar o mesmo medicamento para cães e gatos?
Não. Alguns produtos usados em cães, especialmente os que contêm permetrina, são tóxicos para gatos. O tratamento deve ser específico para cada espécie.
O cão pode pegar ácaros de ouvido no banho ou na tosa?
A infecção pode ocorrer se o ambiente ou os instrumentos usados estiverem contaminados. Por isso, é importante garantir que o pet shop mantenha boas práticas de higiene.
É necessário tratar todos os cães da casa?
Sim. Mesmo que apenas um apresente sintomas, todos devem ser tratados, pois os ácaros são altamente contagiosos e podem se espalhar rapidamente entre os animais.
Quanto tempo dura o tratamento contra ácaros de ouvido?
O tratamento leva, em média, 21 a 30 dias, dependendo da gravidade da infestação e da resposta do cão. É essencial seguir o tratamento até o final, mesmo que os sintomas desapareçam antes.
Os ácaros de ouvido voltam depois do tratamento?
Podem voltar se o tratamento for interrompido precocemente ou se o ambiente e os outros animais não forem tratados. A prevenção é essencial.
Como prevenir ácaros de ouvido em cães?
Limpe as orelhas regularmente, use antiparasitários mensais e mantenha o ambiente limpo. Evite contato com animais de origem desconhecida.
Com que frequência devo limpar as orelhas do meu cão?
A cada 15 dias, usando solução específica para cães. O veterinário pode ajustar a frequência conforme o tipo de orelha e o estilo de vida do animal.
Os ácaros de ouvido causam otite?
Sim. Eles são uma das causas mais comuns de otite externa parasitária. Sem tratamento, a inflamação se agrava e pode atingir o ouvido médio.
Meu cão coça a orelha, mas não tem secreção. Pode ser ácaro?
Pode, mas também pode ser alergia ou infecção fúngica. O diagnóstico só pode ser confirmado pelo veterinário após exame microscópico.
Os ácaros de ouvido são perigosos para cães idosos?
Sim. Cães idosos tendem a ter imunidade mais baixa, e infecções auriculares podem se tornar crônicas e mais difíceis de tratar.
Qual é o prognóstico para cães com ácaros de ouvido?
O prognóstico é excelente quando o tratamento é feito corretamente. O cão se recupera completamente em poucas semanas e raramente apresenta complicações se houver acompanhamento veterinário.
Fontes
Cat Fanciers’ Association (CFA)
The International Cat Association (TICA)
American Veterinary Medical Association (AVMA)
Mersin Vetlife Veterinary Clinic – Haritada Aç: https://share.google/XPP6L1V6c1EnGP3Oc




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