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Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) em Gatos – Guia Completo de Informação

  • Foto do escritor: VetSağlıkUzmanı
    VetSağlıkUzmanı
  • 15 de nov.
  • 18 min de leitura

O que é a HCM em gatos

A Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM, do inglês Hypertrophic Cardiomyopathy) é a doença cardíaca mais comum em gatos. Ela se caracteriza pelo espessamento anormal do músculo cardíaco, especialmente da parede do ventrículo esquerdo. Quando o músculo cardíaco se torna mais espesso e rígido, o coração perde a capacidade de relaxar adequadamente durante a diástole (fase de enchimento). Isso reduz o volume de sangue que entra no ventrículo, aumenta a pressão interna e obriga o coração a trabalhar com mais intensidade para manter a circulação.

No nível celular, a HCM está ligada a:

  • Hipertrofia dos miócitos

  • Desorganização das fibras musculares

  • Alterações no metabolismo do cálcio

  • Rigidez ventricular progressiva

Essas alterações resultam em disfunção diastólica — o coração não consegue relaxar o suficiente para se encher de sangue. À medida que o problema evolui, a pressão aumenta dentro da aurícula esquerda, predispondo o gato à formação de trombos, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias ou derrame pleural.

A doença pode afetar gatos de todas as idades e raças, mas ocorre com mais frequência em raças geneticamente predispostas, como Maine Coon, Ragdoll, British Shorthair, Scottish Fold e Sphynx. Muitos gatos permanecem assintomáticos por anos, e o problema só é identificado quando um sopro cardíaco é detectado em um exame de rotina.

É importante esclarecer que a HCM não é causada por alimentação inadequada, estresse emocional ou estilo de vida. Embora fatores externos possam influenciar a evolução da doença, a grande maioria dos casos é de origem genética. Além disso, algumas doenças, como hipertireoidismo e hipertensão sistêmica, podem provocar um espessamento semelhante ao da HCM, por isso devem ser descartadas antes do diagnóstico definitivo.

Se não for diagnosticada e tratada a tempo, a HCM pode evoluir para complicações graves, como:

  • Insuficiência cardíaca congestiva

  • Edema pulmonar

  • Derrame pleural

  • Tromboembolismo arterial (principalmente “saddle thrombus”)

  • Arritmias graves

  • Morte súbita

Apesar da gravidade potencial, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem desacelerar de forma significativa a progressão da doença, permitindo que muitos gatos vivam por anos com boa qualidade de vida.

Kedilerde HCM Nedir

Tipos de HCM em gatos

A HCM não se apresenta da mesma forma em todos os gatos. Existem diferentes padrões de espessamento e alterações funcionais no coração, cada um com características próprias e implicações clínicas distintas. Conhecer o tipo de HCM é essencial para determinar o prognóstico, orientar o tratamento e estabelecer o acompanhamento correto.

A seguir, os tipos de HCM mais reconhecidos na cardiologia felina:

1. Hipertrofia concêntrica

É o tipo mais clássico. O ventrículo esquerdo apresenta espessamento uniforme em toda a sua parede. Isso leva a:

  • Redução importante do volume ventricular

  • Aumento da pressão dentro da aurícula esquerda

  • Dilatação auricular progressiva

  • Maior risco de formação de trombos

Sem tratamento, pode evoluir para insuficiência cardíaca congestiva.

2. Hipertrofia septal assimétrica

O espessamento é irregular e ocorre principalmente no septum interventricular (parede que separa os dois ventrículos). Pode provocar obstrução do trato de saída do ventrículo esquerdo (LVOT).

Consequências:

  • Sopros mais intensos

  • Maior risco de síncope

  • Intolerância ao exercício

  • Elevada probabilidade de arritmias

É considerada uma forma mais grave devido à obstrução dinâmica.

3. Hipertrofia apical

Menos comum. O espessamento se concentra apenas na região do ápice do ventrículo esquerdo. Muitas vezes, passa despercebida sem ecocardiografia.

Pode causar:

  • Movimentação anormal do ápice cardíaco

  • Dilatação auricular secundária

  • Aumento do risco de trombos

4. HCM obstrutiva (HOCM)

Não é um tipo separado, mas sim uma complicação da HCM. Ocorre quando há obstrução significativa do LVOT, frequentemente associada ao SAM (Systolic Anterior Motion) da válvula mitral — movimento anormal da válvula que bloqueia o fluxo durante a sístole.

Implica em:

  • Importante sopro cardíaco

  • Taquicardia acentuada

  • Fluxo sanguíneo reduzido

  • Maior risco de colapso

Requer manejo medicamentoso específico, principalmente com betabloqueadores.

5. Hipertrofia secundária semelhante à HCM

Algumas doenças sistêmicas podem causar espessamento ventricular que imita a HCM primária:

  • Hipertireoidismo

  • Hipertensão sistêmica

  • Estenose aórtica

  • Doença renal crônica

Nesses casos, o espessamento pode regredir após o tratamento da causa primária.

Kedilerde HCM Nedir

Causas da HCM em gatos

A Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) em gatos pode surgir por causas primárias — normalmente genéticas — ou secundárias, quando outras doenças produzem um espessamento similar ao da HCM verdadeira. A distinção entre esses dois cenários é essencial, pois o tratamento, o prognóstico e o acompanhamento são completamente diferentes.

A seguir, todas as causas confirmadas ou associadas ao desenvolvimento da HCM em felinos:

1. Mutação genética (HCM primária)

A principal causa da HCM é uma mutação hereditária, especialmente no gene MYBPC3, responsável pela proteína C de ligação à miosina, essencial para a estrutura do músculo cardíaco.

Essa mutação provoca:

  • Desorganização das fibras musculares

  • Aumento anormal dos miócitos

  • Rigidez da parede ventricular

  • Redução da capacidade de relaxamento (disfunção diastólica)

A mutação é transmitida de forma dominante: basta um dos pais ser portador para transmitir o risco. Raças como Maine Coon e Ragdoll possuem testes genéticos específicos.

A HCM primária não pode ser evitada, mas pode ser controlada com diagnóstico precoce.

2. Hipertensão sistêmica

A pressão arterial elevada força o coração a trabalhar mais intensamente, causando hipertrofia ventricular que pode se confundir com HCM verdadeira.

Causas comuns de hipertensão em gatos:

  • Doença renal crônica

  • Hipertireoidismo

  • Diabetes mellitus

  • Hipertensão primária

Se a hipertensão for tratada, o espessamento pode regredir parcial ou totalmente.

3. Hipertireoidismo

Uma das causas mais comuns de hipertrofia secundária em gatos idosos. O excesso de hormônios tireoidianos acelera o metabolismo, aumenta a pressão arterial e intensifica o trabalho cardíaco.

Com o tratamento adequado do hipertiroidismo, a hipertrofia pode diminuir.

4. Doença renal crônica (DRC)

A DRC contribui para:

  • Hipertensão

  • Anemia

  • Desequilíbrio eletrolítico

  • Sobrecarga cardíaca

Embora não cause HCM primária, agrava a HCM existente e dificulta o tratamento.

5. Obesidade e estresse metabólico

A obesidade não causa HCM diretamente, mas:

  • Aumenta a carga de trabalho do coração

  • Eleva a pressão arterial

  • Intensifica processos inflamatórios

  • Favorece a evolução precoce da doença

Gatos predispostos geneticamente podem manifestar sintomas mais cedo se forem obesos.

6. Alterações relacionadas à idade

Gatos mais velhos podem desenvolver espessamento leve devido à fibrose miocárdica relacionada ao envelhecimento. Esse quadro pode ser confundido com HCM, sendo necessária avaliação ecocardiográfica para diferenciar.

7. Estresse excessivo e hiperatividade simpática

O estresse aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial, piorando sintomas e acelerando a progressão da HCM. Embora não cause a doença, agrava significativamente o quadro clínico.

Resumo fundamental

  • HCM primária → genética, irreversível, típica de algumas raças

  • Hipertrofia secundária → causada por outras doenças, potencialmente reversível

O diagnóstico correto exige descartar hipertireoidismo, hipertensão e DRC antes de confirmar HCM primaria.

Raças de gatos predispostas à HCM (Tabela)

Raça | Descrição | Nível de Risco

Raça

Descrição

Nível de Risco

Maine Coon

A mutação MYBPC3 é amplamente documentada; risco genético comprovado.

Alto

Ragdoll

Forte relação com mutação genética específica; sinais podem surgir precocemente.

Alto

British Shorthair

Casos familiares sugerem predisposição hereditária.

Moderado

Scottish Fold

Alta incidência clínica; possível componente genético.

Moderado

Sphynx

Sensibilidade estrutural e metabólica pode favorecer hipertrofia.

Moderado

American Shorthair

Casos confirmados, embora sem mutação definida.

Moderado

Persa

Risco reduzido, porém com relatos ocasionais.

Baixo

Siamês

Pouco frequente, mas possível susceptibilidade.

Baixo

Gato Doméstico Comum (sem raça definida)

HCM é comum, mas sem relação genética identificada.

Baixo

Kedilerde HCM Nedir

Custo do diagnóstico e tratamento da HCM em gatos



A Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) é uma doença crônica que exige acompanhamento contínuo, exames periódicos e, muitas vezes, medicação por toda a vida. Por isso, os custos associados ao diagnóstico e ao tratamento tendem a se acumular ao longo dos anos. Abaixo segue uma estimativa detalhada com base em valores médios praticados no Brasil, Portugal e referências internacionais utilizadas com frequência no setor veterinário.

Os valores variam entre regiões, clínicas e disponibilidade de cardiologistas veterinários.

1. Custos do diagnóstico inicial

• Ecocardiograma (ECO) – Exame essencial

É o exame principal para confirmar a HCM.

  • Brasil: R$ 350 – R$ 900

  • Portugal: 80€ – 200€

  • Referência internacional: US$ 350 – US$ 800

A ECO permite avaliar espessura ventricular, função diastólica, tamanho da aurícula esquerda, presença de SAM e obstrução do LVOT.

• Teste NT-proBNP

Biomarcador que mede estresse cardíaco.

  • Brasil: R$ 180 – R$ 400

  • Portugal: 35€ – 70€

  • Internacional: US$ 60 – US$ 180

Muito útil quando há dúvida se o gato deve passar por ecocardiograma.

• Medição da pressão arterial

Fundamental para descartar hipertrofia por hipertensão.

  • Brasil: R$ 50 – R$ 150

  • Portugal: 10€ – 30€

• Hemograma + Bioquímica completa + T4

Essencial para avaliar rins e tireoide.

  • Brasil: R$ 100 – R$ 250

  • Portugal: 25€ – 60€

2. Custos do tratamento contínuo

• Betabloqueadores (atenolol, propranolol, sotalol)

  • Brasil: R$ 20 – R$ 80/mês

  • Portugal: 5€ – 15€/mês

• Diltiazem

  • Brasil: R$ 40 – R$ 120/mês

  • Portugal: 8€ – 25€/mês

• Clopidogrel (prevenção de trombos)

  • Brasil: R$ 20 – R$ 70/mês

  • Portugal: 5€ – 15€/mês

• Diuréticos (furosemida ou torsemida)

  • Brasil: R$ 15 – R$ 50/mês

  • Portugal: 5€ – 12€/mês

3. Custos em emergências

• Edema pulmonar ou derrame pleural

Inclui oxigenoterapia, internação e radiografias.

  • Brasil: R$ 500 – R$ 2.000

  • Portugal: 80€ – 250€

• Tromboembolismo arterial (saddle thrombus)

Situação de altíssimo risco.

  • Brasil: R$ 1.200 – R$ 4.000+

  • Portugal: 200€ – 600€

4. Monitorização a longo prazo

• Ecocardiogramas de controle

  • Brasil: R$ 250 – R$ 600

  • Portugal: 60€ – 120€

Realizados a cada 3–12 meses, conforme gravidade.

• Avaliações periódicas (pressão e exames)

  • Brasil: R$ 100 – R$ 250/ano

  • Portugal: 20€ – 60€/ano

Custo total estimado ao longo da vida

  • HCM leve: R$ 1.500 – R$ 5.000

  • HCM moderada: R$ 5.000 – R$ 12.000

  • HCM avançada / ICC: R$ 12.000 – R$ 30.000+

O tutor deve estar preparado para um acompanhamento regular e contínuo.

Sintomas da HCM em gatos

A HCM pode levar anos para manifestar sinais clínicos. Muitos gatos permanecem completamente assintomáticos até que a doença esteja em estágio avançado. Outros desenvolvem sintomas de maneira repentina e severa, como dificuldade respiratória ou paralisia das patas traseiras.

Abaixo estão apresentados os sintomas mais completos e organizados por estágios de gravidade:

1. Sintomas iniciais (geralmente discretos)

  • Redução do interesse por brincadeiras

  • Cansaço após esforço leve

  • Respiração acelerada após atividade

  • Episódios ocasionais de apatia

  • Sopros cardíacos detectados apenas pelo veterinário

Até 30% dos gatos com HCM não apresentam sintomas nessa fase.

2. Sintomas intermediários (evolução da doença)

À medida que o ventrículo se torna mais rígido e a aurícula esquerda se dilata:

  • Taquipneia (respiração rápida)

  • FRR > 30 rpm em repouso

  • Respiração com a boca aberta após atividade

  • Arritmias perceptíveis

  • Letargia persistente

  • Inchaço abdominal por acúmulo de líquidos

  • Mudanças comportamentais (isolamento, irritação)

3. Sintomas graves (insuficiência cardíaca congestiva – ICC)

Quando a pressão retorna aos pulmões:

  • Dificuldade respiratória acentuada

  • Respiração com a boca aberta

  • Cianose (gengivas azuladas)

  • Incapacidade de deitar-se totalmente

  • Pulso fraco

  • Respiração rápida e superficial

Esta fase é uma emergência veterinária.

4. Tromboembolismo arterial (saddle thrombus)

Uma das complicações mais dolorosas e graves da HCM.

Sintomas incluem:

  • Paralisia aguda das patas traseiras

  • Dor intensa

  • Almofadinhas frias e pálidas

  • Perda de pulso femoral

  • Colapso

Requer intervenção imediata.

5. Colapso ou morte súbita

Pode ocorrer devido a arritmias fatais ou trombos migratórios. Muitas vezes, é a primeira manifestação da doença em gatos aparentemente saudáveis.

6. Ausência total de sintomas

Gatos predispostos podem parecer completamente normais até fases avançadas. Por isso, o rastreamento precoce é vital, especialmente em raças de risco.


Diagnóstico da HCM em gatos

O diagnóstico da Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) em gatos exige uma avaliação completa, pois a doença pode ser silenciosa durante anos e pode ser confundida com hipertensão, hipertireoidismo ou alterações cardíacas secundárias. O objetivo do diagnóstico é identificar a presença e a gravidade da hipertrofia, determinar se ela é primária (genética) ou secundária e estabelecer o plano terapêutico mais adequado.

A seguir estão os principais exames necessários para a confirmação da HCM:

1. Exame físico

Durante a avaliação clínica, o veterinário pode observar:

  • Sopros cardíacos

  • Ritmos adicionais (S3 e S4)

  • Taquicardia

  • Arritmias

  • Respiração acelerada ou ruidosa

Mas atenção: cerca de 30% dos gatos com HCM NÃO apresentam sopro cardíaco.Portanto, a ausência de sopro não exclui a doença.

2. Medição da pressão arterial

A hipertensão pode causar hipertrofia ventricular semelhante à HCM, tornando a medição da pressão arterial essencial.

Faixas típicas:

  • Normal: <160 mmHg

  • Risco moderado: 160–179 mmHg

  • Alto risco: ≥180 mmHg

Se a hipertensão for detectada, deve ser tratada antes de confirmar HCM primária.

3. Exames de sangue (hemograma, bioquímica e T4 total)

Permitem avaliar:

• Função tireoidiana

O hipertireoidismo provoca taquicardia, hipertensão e aumento da demanda cardíaca.

• Função renal

A Doença Renal Crônica aumenta a pressão arterial e sobrecarrega o coração.

• Eletrólitos e estado metabólico

Anemia, desidratação e alterações metabólicas podem influenciar a função cardíaca.

Esses exames não confirmam HCM, mas são indispensáveis para descartar causas secundárias.

4. Teste NT-proBNP

É um marcador produzido quando o coração sofre estresse.

Interpretação típica:

  • Baixo: baixa probabilidade de HCM

  • Moderado: possível HCM

  • Elevado: forte sugestão de doença cardíaca

Especialmente útil em gatos assintomáticos ou em dúvidas diagnósticas.

5. Radiografias torácicas

Embora não confirmem a HCM, ajudam a identificar:

  • Edema pulmonar

  • Derrame pleural

  • Tamanho global do coração

  • Congestão vascular

Importantes em situações de crise respiratória.

6. Eletrocardiograma (ECG)

Avalia arritmias relacionadas à HCM:

  • Taquicardia ventricular

  • Fibrilação atrial

  • Complexos ventriculares prematuros

O ECG orienta a necessidade de medicamentos antiarrítmicos.

7. Ecocardiograma (ECO) – O padrão-ouro

É o exame definitivo para diagnosticar a HCM.

A ECO permite avaliar:

  • Espessura das paredes ventriculares

  • Função diastólica

  • Tamanho da aurícula esquerda

  • Presença de SAM

  • Obstrução dinâmica do LVOT

  • Função sistólica geral

Sem um ecocardiograma, não é possível confirmar HCM de forma confiável.

8. Testes genéticos

Disponíveis para Maine Coon e Ragdoll, úteis para identificar portadores da mutação.

Um resultado positivo indica predisposição, não a certeza da doença.

Tratamento da HCM em gatos

A HCM não tem cura, mas pode ser controlada com tratamento adequado, permitindo boa qualidade de vida por muitos anos. O foco do tratamento é:

  • Reduzir a carga cardíaca

  • Melhorar a função diastólica

  • Prevenir complicações (especialmente trombos)

  • Controlar arritmias

  • Tratar insuficiência cardíaca quando presente

A seguir, todos os pilares terapêuticos da HCM felina:

1. Betabloqueadores (atenolol, propranolol, sotalol)

Indicados principalmente quando há:

  • Taquicardia

  • SAM

  • Obstrução do LVOT

  • Arritmias

Benefícios:

  • Redução da frequência cardíaca

  • Melhora do enchimento ventricular

  • Diminuição da obstrução

Essenciais em muitas formas de HCM obstrutiva.

2. Bloqueadores dos canais de cálcio (diltiazem)

Melhoram a capacidade de relaxamento do ventrículo.

Usado em:

  • HCM não obstrutiva

  • Gatos intolerantes a betabloqueadores

  • Casos leves a moderados

Ajuda a reduzir sintomas como cansaço e dificuldade respiratória.

3. Inibidores da ECA (benazepril, enalapril)

Reduzem a pressão arterial e a carga cardíaca.

Indicados em:

  • Dilatação da aurícula esquerda

  • Hipertensão associada

  • Insuficiência cardíaca inicial

4. Diuréticos (furosemida, torsemida)

Fundamentais na insuficiência cardíaca congestiva.

Funções:

  • Remover excesso de líquido dos pulmões

  • Aliviar dispneia

  • Diminuir a pressão interna

Requerem monitoramento dos rins.

5. Anticoagulantes / antiagregantes (clopidogrel, aspirina)

Indispensáveis quando há risco de formação de trombos.

  • Clopidogrel é o padrão-ouro para prevenir tromboembolismo arterial.

6. Antiarrítmicos (sotalol, mexiletina)

Indicados quando o ECG mostra arritmias graves.

  • Sotalol: antiarrítmico + betabloqueador

  • Mexiletina: útil em arritmias ventriculares severas

7. Oxigenoterapia emergencial

Usada em crises de:

  • Edema pulmonar

  • Derrame pleural

  • Dificuldade respiratória aguda

Ajuda a estabilizar rapidamente o animal.

8. Manejo nutricional e estilo de vida

Dieta:

  • Baixa em sódio

  • Proteína de alta qualidade

  • Controle de peso

Atividade física:

  • Apenas brincadeiras leves

  • Evitar esforço intenso

  • Minimizar estresse

Ambiente:

  • Casa tranquila

  • Rotina previsível

  • Evitar brigas e disputas territoriais

9. Acompanhamento contínuo

A HCM requer monitorização vitalícia.

  • ECO a cada 6–12 meses

  • Avaliação renal periódica

  • Ajustes de medicação conforme evolução



Complicações e prognóstico da HCM em gatos

A Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) pode permanecer silenciosa por anos, mas quando evolui, pode desencadear complicações graves e potencialmente fatais. O prognóstico de um gato com HCM depende do grau de espessamento ventricular, do tamanho da aurícula esquerda, da presença de arritmias e de episódios de insuficiência cardíaca ou tromboembolismo.

A seguir, estão as complicações mais importantes da HCM:

1. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC)

A ICC ocorre quando o ventrículo esquerdo não consegue bombear sangue adequadamente. A pressão retorna aos pulmões, causando congestão.

Sinais clínicos incluem:

  • Taquipneia intensa

  • Respiração com a boca aberta

  • Cianose (gengivas azuladas)

  • Incapacidade de deitar-se completamente

  • Pulso fraco

  • Angústia respiratória

A ICC é sempre uma emergência veterinária, necessitando de oxigênio, diuréticos e internação.

2. Edema pulmonar

Acúmulo de líquido dentro do tecido pulmonar. Isso reduz a capacidade pulmonar de realizar trocas gasosas, causando respiração acelerada e esforço para respirar.

Pode reaparecer se o tratamento não for bem ajustado.

3. Derrame pleural

O líquido se acumula ao redor dos pulmões, em vez de dentro deles.

Consequências:

  • Compressão dos pulmões

  • Respiração superficial e rápida

  • Necessidade de toracocentese (remoção do líquido com agulha)

4. Tromboembolismo arterial (ATE) – “Saddle thrombus”

Complicação dramática e extremamente dolorosa. Os coágulos formados na aurícula esquerda migram pela aorta e ficam presos na bifurcação para as patas traseiras.

Sintomas típicos:

  • Paralisia súbita das patas traseiras

  • Dor intensa

  • Almofadinhas frias e pálidas

  • Perda do pulso femoral

  • Vocalização forte e colapso

O prognóstico geralmente é reservado.

5. Arritmias fatais

HCM pode causar:

  • Taquicardia ventricular

  • Fibrilação atrial

  • Arritmias complexas

Essas alterações elétricas podem causar síncope ou morte súbita.

6. Morte súbita

Pode ocorrer sem sinais prévios, especialmente em gatos predispostos geneticamente. Geralmente causada por arritmia fatal ou tromboembolismo agudo.

Prognóstico

O prognóstico varia muito:

HCM leve

  • Sobrevida de 5–10 anos ou mais, com monitoramento regular.

HCM moderada

  • Sobrevida entre 2–5 anos.

HCM avançada ou ICC

  • Sobrevida estimada de 3 a 18 meses, dependendo da resposta ao tratamento.

Gatos com tromboembolismo

  • Prognóstico reservado devido ao risco de recorrência.

O diagnóstico precoce e a adesão rigorosa ao tratamento são os maiores determinantes da sobrevida.

Cuidados domiciliares e prevenção para gatos com HCM

O tratamento da HCM não se limita à clínica veterinária. O cuidado diário em casa desempenha um papel fundamental na estabilidade do gato, ajudando a prevenir crises e prolongar a vida do animal. A seguir estão as diretrizes mais completas para o cuidado domiciliar de um gato com HCM.

1. Manter um ambiente tranquilo

O estresse aumenta a frequência cardíaca e pode precipitar crises.

Recomendações:

  • Minimizar ruídos altos e mudanças bruscas na rotina

  • Fornecer locais seguros e confortáveis para descanso

  • Evitar brigas entre animais

  • Manter uma rotina previsível

2. Controlar a atividade física

Gatos com HCM devem evitar exercícios intensos.

Permitido:

  • Brincadeiras leves

  • Enriquecimento ambiental tranquilo

  • Atividade supervisionada

Evitar:

  • Pulos altos

  • Perseguições longas

  • Brinquedos que causem excitação extrema

Se o gato respirar rápido, interrompa a atividade.

3. Monitorar a frequência respiratória em repouso (FRR)

A FRR é um dos indicadores mais sensíveis de piora.

  • Normal: 20–30 rpm

  • Atenção: 30–40 rpm

  • Emergência: >40 rpm em repouso

Medir sempre enquanto o gato dorme profundamente.

4. Manter o peso corporal ideal

O excesso de peso prejudica a função cardíaca.

Estratégias:

  • Rações controladas

  • Evitar alimentos humanos

  • Monitorar a condição corporal mensalmente

5. Usar uma dieta com baixo teor de sódio

O sódio favorece a retenção de líquidos e piora a ICC.

Evitar totalmente:

  • Frios e embutidos

  • Atum em lata salgado

  • Petiscos comerciais ricos em sódio

  • Restos de comida humana

Hidratação abundante deve ser incentivada.

6. Seguir rigorosamente a medicação

Pular doses pode desestabilizar a doença rapidamente.

Regras fundamentais:

  • Dar os medicamentos sempre no mesmo horário

  • Nunca dobrar a dose se esquecer

  • Verificar efeitos colaterais

  • Manter estoque de medicação

O clopidogrel, em particular, salva vidas.

7. Reconhecer sinais de emergência

O tutor deve saber identificar quando buscar ajuda urgente.

Emergência imediata se houver:

  • Respiração com a boca aberta

  • Gengivas azuladas

  • Paralisia súbita

  • Colapso

  • FRR acima de 40 rpm

  • Dor intensa

8. Manter rotina e estabilidade emocional

Gatos com HCM beneficiam-se de:

  • Horários fixos

  • Ambiente calmo

  • Previsibilidade

  • Ausência de estressores

9. Consultas veterinárias regulares

Intervalos recomendados:

  • HCM leve: 1 vez ao ano

  • HCM moderada: a cada 6 meses

  • HCM grave ou ICC: a cada 3 meses

  • Após crises: retorno em 2–4 semanas

10. Medidas preventivas

Embora a HCM primária não possa ser evitada, algumas ações reduzem riscos:

  • Rastreio anual em raças predispostas

  • Não reproduzir gatos portadores

  • Controle de hipertensão e hipertireoidismo

  • Evitar estresse contínuo

  • Manter boa hidratação e peso ideal


Responsabilidades do tutor de um gato com HCM

Cuidar de um gato com Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) exige dedicação, disciplina e compreensão profunda da doença. O papel do tutor é fundamental para garantir estabilidade clínica, prevenir crises e prolongar a vida do gato. As atitudes do dia a dia podem influenciar diretamente o prognóstico.

A seguir estão todas as responsabilidades essenciais de um tutor de gato com HCM:

1. Cumprir rigorosamente a medicação

A adesão perfeita ao tratamento é o fator mais importante para prolongar a vida.

O tutor deve:

  • Administrar os remédios sempre no mesmo horário

  • Nunca pular ou duplicar doses

  • Observar reações adversas

  • Garantir que nunca falte medicamento

  • Não alterar a medicação sem orientação veterinária

2. Monitorar diariamente a frequência respiratória em repouso (FRR)

A FRR é a ferramenta mais sensível para detectar piora.

Regras gerais:

  • 20–30 rpm: normal

  • 30–40 rpm: alerta

  • 40 rpm: emergência

Anotar valores diariamente ajuda o veterinário a ajustar o tratamento.

3. Realizar check-ups veterinários regulares

A evolução da HCM varia de gato para gato.

Intervalos de acompanhamento:

  • HCM leve: ECO anual

  • HCM moderada: ECO a cada 6 meses

  • HCM grave / ICC: ECO a cada 3 meses

  • Pós-emergência: retorno em até 4 semanas

4. Manter o ambiente tranquilo e estável

O estresse aumenta a carga cardíaca.

O tutor deve:

  • Evitar ruídos altos

  • Minimizar visitas e mudanças repentinas

  • Evitar conflitos entre animais

  • Garantir locais seguros para descanso

5. Controlar a atividade física

Gatos com HCM não devem se esforçar demais.

Regras:

  • Permitir brincadeiras leves

  • Evitar saltos altos, corridas e brincadeiras intensas

  • Interromper qualquer atividade se o gato começar a respirar rápido

6. Manter o peso corporal ideal

A obesidade aumenta a carga cardíaca e piora o prognóstico.

Como agir:

  • Fornecer alimentação controlada

  • Evitar petiscos salgados

  • Avaliar mensalmente o condicionamento corporal

  • Ajustar a dieta com acompanhamento veterinário

7. Reconhecer sinais de emergência

O tutor deve saber identificar riscos imediatos.

Procure emergência se houver:

  • Respiração com boca aberta

  • Gengivas azuladas

  • Paralisia súbita

  • Colapso

  • Dor intensa

  • Respiração >40 rpm

8. Administrar bem a convivência com outros animais

Conflitos entre gatos podem gerar estresse significativo.

Recomendações:

  • Introduções lentas

  • Recursos separados (caixa de areia, comedouros)

  • Monitoramento durante interações

9. Preparação financeira

HCM é uma doença crônica.

O tutor deve estar preparado para:

  • Exames regulares

  • Medicações contínuas

  • Possíveis emergências

  • Ecocardiogramas periódicos

10. Buscar conhecimento contínuo

Compreender a doença melhora o cuidado diário.

É importante:

  • Conversar regularmente com o veterinário

  • Estudar sobre a evolução da HCM

  • Observar mudanças comportamentais

  • Esclarecer dúvidas sempre que surgirem

Diferenças entre a HCM em gatos e cães

A Cardiomiopatia Hipertrófica pode ocorrer tanto em gatos como em cães, mas seu comportamento é extremamente diferente nas duas espécies. As causas, a progressão, o risco de complicações e o tratamento variam de forma significativa.

A seguir, todas as diferenças importantes entre gatos e cães:

1. Frequência

Gatos:A HCM é a doença cardíaca mais comum.

Cães:A HCM é extremamente rara; a doença cardíaca predominante é a Cardiomiopatia Dilatada (DCM).

2. Causa genética

Gatos:Predominantemente genética. Mutação MYBPC3 confirmada em Maine Coon e Ragdoll.

Cães:Nenhuma mutação genética específica identificada para HCM.

3. Diferenças estruturais

Gatos:

  • Hipertrofia concêntrica ou assimétrica

  • Dilatação auricular comum

  • SAM frequente

  • Obstrução do LVOT típica

Cães:

  • Hipertrofia leve

  • SAM muito rara

  • Obstrução do LVOT incomum

  • Muitas vezes é hipertrofia secundária (não HCM verdadeira)

4. Apresentação clínica

Gatos:

  • Crises respiratórias agudas

  • “Saddle thrombus”

  • Colapso repentino

  • Morte súbita

Cães:

  • Sinais mais brandos

  • Baixa probabilidade de trombos

  • Menos risco de morte súbita

5. Tromboembolismo arterial

Gatos:Complicação muito comum e grave.

Cães:Extremamente raro.

6. Diagnóstico

Gatos:Necessitam de ECO para confirmação; biomarcadores são úteis.

Cães:Diagnóstico menos padronizado devido à baixa incidência; muitas vezes associado a outras doenças.

7. Tratamento

Gatos:

  • Betabloqueadores

  • Diltiazem

  • Clopidogrel

  • Controle rígido

Cães:

  • Menos necessidade de anticoagulantes

  • Protocolos mais flexíveis

  • Menor taxa de complicações tromboembólicas

8. Prognóstico

Gatos:Varia muito conforme a gravidade:

  • Leve: anos

  • Moderada: 2–5 anos

  • Grave: meses

  • Com trombo: reservado

Cães:Geralmente melhor, pois HCM é rara e menos agressiva.


FAQ – Cardiomiopatia Hipertrófica (HCM) em Gatos

A HCM em gatos pode ser completamente curada?

Não. A HCM é uma doença cardíaca estrutural de origem genética na maioria dos casos. O espessamento do músculo cardíaco não pode ser revertido. Apesar disso, com diagnóstico precoce, manejo adequado, medicação contínua e acompanhamento regular, muitos gatos podem viver por anos com excelente qualidade de vida.

Quanto tempo um gato com HCM pode viver?

A expectativa de vida varia conforme o estágio da doença:

  • HCM leve: 5–10 anos ou mais

  • Moderada: 2–5 anos

  • Grave ou com ICC: 3–18 meses

  • Com tromboembolismo: prognóstico reservado

O cumprimento rigoroso do tratamento faz grande diferença na sobrevida.

Quais são os primeiros sinais de HCM?

Os sinais iniciais são discretos:

  • Redução na disposição para brincar

  • Cansaço após atividades leves

  • Respiração acelerada após esforço

  • Letargia leve

  • Eventual perda de apetite

Muitos gatos não apresentam nenhum sintoma nas fases iniciais.

Um gato pode ter HCM sem sopro cardíaco?

Sim. Cerca de 30% dos gatos com HCM não apresentam sopro. A ausência de sopro não exclui a doença, reforçando a importância da ecocardiografia, especialmente em raças predispostas.

A HCM causa dor no gato?

A doença em si geralmente não causa dor. Contudo, complicações como o tromboembolismo arterial (saddle thrombus) geram dores intensas e súbitas, frequentemente acompanhadas de vocalização e paralisia das patas traseiras.

Por que a HCM causa dificuldade respiratória?

A dificuldade respiratória ocorre devido a:

  • Edema pulmonar: líquido dentro dos pulmões

  • Derrame pleural: líquido ao redor dos pulmões

Ambas reduzem drasticamente a capacidade respiratória e exigem atendimento emergencial.

O que é o “saddle thrombus”?

É um coágulo sanguíneo formado no átrio esquerdo que viaja pela aorta e se aloja na bifurcação que leva às patas traseiras. Isso causa paralisia aguda, dor severa, falta de pulso femoral e emergência veterinária imediata.

A HCM pode causar morte súbita?

Sim. Arritmias fatais ou trombos migratórios podem levar à morte súbita, especialmente em gatos predispostos ou não diagnosticados.

Como a HCM é diagnosticada se não há sintomas?

O diagnóstico envolve:

  • Ecocardiograma (exame definitivo)

  • Teste NT-proBNP

  • Medição da pressão arterial

  • Exames de sangue

  • Radiografias

  • ECG

Esses exames permitem distinguir entre HCM verdadeira e hipertrofia causada por outras doenças.

Quais raças são mais predispostas à HCM?

As principais são:

  • Maine Coon

  • Ragdoll

  • British Shorthair

  • Scottish Fold

  • Sphynx

Mas qualquer gato, inclusive sem raça definida, pode ter HCM.

Gatos predispostos devem fazer ECO mesmo estando saudáveis?

Sim. O rastreamento precoce é essencial. Em raças de alto risco, recomenda-se ecocardiograma anual ou a cada dois anos a partir de 1 ano de idade.

A alimentação causa HCM?

Não. A HCM não é causada por dieta. Porém, a obesidade pode acelerar a progressão, pois aumenta a carga cardíaca. Portanto, é fundamental manter peso adequado.

O hipertireoidismo pode parecer HCM?

Sim. O hipertireoidismo provoca alterações cardíacas que imitam a HCM. Após tratar a tireoide, o espessamento pode regredir. Por isso, a dosagem de T4 é obrigatória em gatos idosos.

Por que é tão importante medir a FRR (frequência respiratória em repouso)?

A FRR é o indicador mais sensível de piora da HCM.

  • 30–35 rpm = atenção

  • 40 rpm = emergência

Monitorar diariamente permite detectar crises antes de colapsos.

Quais medicamentos são usados no tratamento da HCM?

Os mais comuns são:

  • Betabloqueadores (atenolol, propranolol)

  • Diltiazem

  • Inibidores da ECA (benazepril)

  • Diuréticos (furosemida)

  • Anticoagulantes (clopidogrel)

  • Antiarrítmicos (sotalol, mexiletina)

Gatos com HCM precisam tomar remédios a vida inteira?

Quase sempre, sim. A doença é crônica e progressiva. Interromper medicação pode levar a descompensações graves.

Gatos com HCM podem viajar ou voar?

Viagens longas e voos aumentam estresse e podem desencadear crises. Gatos com HCM moderada ou grave não devem voar. Casos leves precisam de liberação veterinária.

O estresse piora a HCM?

Sim. O estresse ativa o sistema simpático, aumenta a frequência cardíaca e pode precipitar crises de ICC ou arritmias. Ambientes calmos são essenciais.

A HCM é contagiosa?

Não. Não é uma doença infecciosa. Não se transmite entre gatos.

Exercícios podem desencadear crises de HCM?

Sim, se forem intensos. Exercícios moderados e brincadeiras leves são seguros; atividades que causam respiração intensa devem ser evitadas.

Quais são os sinais de emergência em gatos com HCM?

  • Respiração com boca aberta

  • Gengivas azuladas

  • Paralisia súbita de patas traseiras

  • Colapso

  • Dor intensa

  • Respiração >40 rpm

Procure ajuda veterinária imediatamente.

Gatos com HCM podem ficar sozinhos em casa?

Podem por curtos períodos, mas longos intervalos não são recomendados. Crises respiratórias ou trombos podem ocorrer de forma inesperada.

Quais alimentos devem ser evitados?

Evitar:

  • Comida humana

  • Alimentos ricos em sal

  • Frios e embutidos

  • Atum salgado

Uma dieta controlada é essencial.

O diagnóstico precoce melhora o prognóstico?

Sim. Permite iniciar tratamento antes que a aurícula esquerda esteja muito dilatada, reduzindo o risco de trombos e insuficiência cardíaca.

Qual é a responsabilidade mais importante do tutor?

A constância:

  • Dar medicamentos diariamente

  • Monitorar FRR

  • Manter ambiente calmo

  • Realizar check-ups regulares

A disciplina do tutor determina grande parte do resultado clínico.


Fontes

  • Cat Fanciers’ Association (CFA)

  • The International Cat Association (TICA)

  • American Veterinary Medical Association (AVMA)

  • Mersin Vetlife Veterinary Clinic – https://share.google/XPP6L1V6c1EnGP3Oc

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