Métodos de Proteção contra Parasitas em Cães: Guia de parasitas internos e externos
- VetSağlıkUzmanı

- 13 de out.
- 17 min de leitura
Atualizado: 8 de nov.
O que são parasitas internos e externos em cães?
Os parasitas em cães são organismos que vivem às custas do hospedeiro, alimentando-se de seu sangue, tecidos ou nutrientes, comprometendo a saúde, a imunidade e o bem-estar do animal.Eles são classificados em duas categorias principais: parasitas internos e parasitas externos.
Parasitas internos (endoparasitas): vivem dentro do corpo do cão — principalmente no trato intestinal, coração, pulmões e fígado. Esses parasitas incluem vermes (nematoides e cestóides) e protozoários, podendo causar doenças graves como verminoses, anemias, diarreias crônicas, tosse persistente e até insuficiência cardíaca.
Parasitas externos (ectoparasitas): habitam a pele, o pelo e o ambiente do cão. Incluem pulgas, carrapatos, piolhos e ácaros, que causam coceira intensa, dermatites, infecções secundárias e transmitem doenças como a erlichiose, babesiose e leishmaniose.
Esses parasitas representam uma ameaça constante, tanto para cães quanto para humanos, pois várias espécies têm potencial zoonótico — ou seja, podem ser transmitidas às pessoas.O contágio ocorre com facilidade através do contato direto com outros animais, ambientes contaminados, fezes, pulgas ou picadas de insetos.
Os efeitos de uma infestação parasitária podem ser devastadores. Além de perda de peso e fraqueza, parasitas crônicos comprometem órgãos vitais, prejudicam a absorção de nutrientes e reduzem significativamente a expectativa de vida do cão.
Por isso, a prevenção é indispensável. Uma rotina eficaz de proteção antiparasitária — combinando higiene, medicamentos preventivos e acompanhamento veterinário — é a base para manter o cão saudável, ativo e protegido ao longo de toda a vida.

Tipos de parasitas internos que afetam os cães
Os parasitas internos vivem dentro do corpo do cão e, muitas vezes, passam despercebidos por longos períodos, causando danos silenciosos e progressivos. Eles podem ser divididos em vermes intestinais, cardíacos e pulmonares, além de protozoários que se alojam em tecidos e órgãos específicos.
A tabela a seguir apresenta os principais tipos de parasitas internos, suas localizações e sintomas característicos:
Parasita | Localização no Corpo | Sintomas Principais |
Toxocara canis (Lombriga) | Intestino delgado | Vômitos, barriga inchada, perda de apetite, anemia e fezes com ovos visíveis. Comum em filhotes. |
Ancylostoma caninum (Ancilóstomo) | Intestino delgado | Causa anemia severa, fraqueza e fezes escurecidas. Transmissível ao ser humano por contato com solo contaminado. |
Dipylidium caninum (Tênias) | Intestino delgado | Segmentos de vermes visíveis nas fezes e ao redor do ânus; coceira intensa na região anal. Transmitido por pulgas infectadas. |
Trichuris vulpis (Tricurídeos) | Intestino grosso | Diarreia com muco e sangue, desidratação e perda de peso. Infestações prolongadas causam colite crônica. |
Giardia spp. (Protozoário) | Intestino delgado | Diarreia intermitente e com odor forte, vômitos e desidratação. Altamente contagiosa entre cães. |
Coccidia (Isospora spp.) | Intestino delgado | Diarreia aquosa e fraqueza em filhotes. Transmitida por ingestão de fezes contaminadas. |
Dirofilaria immitis (Verme do coração) | Coração e artérias pulmonares | Tosse seca, cansaço fácil, dificuldade respiratória e risco de insuficiência cardíaca. Transmitido por mosquitos. |
Capillaria aerophila (Verme pulmonar) | Pulmões e vias respiratórias | Tosse persistente, falta de ar e infecções respiratórias recorrentes. Comum em cães de exterior. |
Os vermes intestinais são os mais frequentes, especialmente em cães filhotes, e podem ser detectados por meio de exame de fezes. Já os vermes cardíacos e pulmonares exigem testes laboratoriais e exames de imagem, pois não se manifestam visualmente.
Os parasitas internos prejudicam a absorção de nutrientes, causam inflamações nos órgãos e comprometem o sistema imunológico. Em infestações graves, podem levar à anemia profunda, obstrução intestinal e falência cardíaca.
A melhor forma de evitar esses problemas é a verminação preventiva regular — feita com antiparasitários específicos sob orientação veterinária — e a manutenção de um ambiente limpo, livre de fezes e de insetos transmissores.
Tipos de parasitas externos que afetam os cães
Os parasitas externos (ectoparasitas) vivem na pele e entre os pelos dos cães, alimentando-se do sangue e das secreções cutâneas. Além de causar coceira, irritação e feridas, esses parasitas podem transmitir doenças graves tanto para cães quanto para humanos.
Os principais tipos de parasitas externos estão listados na tabela abaixo:
Parasita | Região Afetada | Riscos e Doenças Associadas |
Pulgas (Ctenocephalides felis e canis) | Pele e pelos, especialmente dorso e cauda | Provocam coceira intensa, dermatite alérgica à picada de pulga (DAPP) e transmitem o verme Dipylidium caninum. |
Carrapatos (Rhipicephalus, Amblyomma e Dermacentor spp.) | Pescoço, orelhas, axilas e entre os dedos | Transmitem doenças como erlichiose, babesiose e anaplasmose, que causam febre, anemia e fraqueza. |
Ácaros (Sarcoptes scabiei e Demodex canis) | Pele e folículos pilosos | Causam sarnas (sarcóptica e demodécica), com crostas, feridas e queda de pelo. Altamente contagiosos. |
Piolhos (Trichodectes canis e Linognathus setosus) | Pele e pelos, especialmente cabeça e pescoço | Provocam coceira, irritação e perda de pelo. Podem transmitir vermes intestinais e causar anemia em infestações intensas. |
Mosquitos (Aedes, Culex e Anopheles spp.) | Superfície da pele | Transmitem a dirofilariose canina (verme do coração), além de provocar reações alérgicas e feridas por picadas. |
Esses parasitas se reproduzem rapidamente, e um único ciclo de vida pode resultar em milhares de novos indivíduos no ambiente. As pulgas, por exemplo, colocam até 50 ovos por dia, que se espalham por todo o ambiente, dificultando o controle.
Além do desconforto físico, os parasitas externos comprometem o sistema imunológico do cão, tornando-o mais vulnerável a infecções secundárias. Cães alérgicos podem desenvolver dermatite crônica, coceira incontrolável e feridas abertas.
O controle deve ser constante, com o uso de antiparasitários tópicos, coleiras repelentes e sprays ambientais. A prevenção é essencial, pois uma única pulga pode reiniciar o ciclo completo em poucos dias.

Como ocorre a transmissão dos parasitas em cães
Os parasitas em cães se transmitem de diversas formas, e o contágio pode ocorrer tanto por contato direto com outros animais quanto através do ambiente contaminado.
As principais vias de transmissão incluem:
Contato direto entre cães:A forma mais comum de transmissão de parasitas externos, como pulgas, carrapatos e ácaros. Cães que convivem ou brincam juntos podem trocar parasitas com facilidade.
Ambientes contaminados:Ovos e larvas de parasitas sobrevivem em tapetes, gramados, canis e sofás por várias semanas. Mesmo que o cão não tenha contato direto com outro animal infectado, pode se contaminar ao deitar ou cheirar o local.
Picadas de insetos:Mosquitos e outros insetos podem transmitir parasitas internos, como o Dirofilaria immitis (verme do coração), ao picar um cão saudável após se alimentar do sangue de um cão infectado.
Ingestão de hospedeiros intermediários:O cão pode ingerir pulgas, vermes ou roedores infectados, contraindo parasitas intestinais como Dipylidium caninum e Toxocara canis.
Contato com fezes contaminadas:Muitos parasitas intestinais liberam ovos nas fezes. Ao cheirar ou lamber o solo contaminado, o cão pode se infectar.
Falta de higiene e limpeza inadequada:Ambientes úmidos e sujos favorecem a sobrevivência dos parasitas, permitindo sua reprodução contínua.
Filhotes e cães idosos são os mais vulneráveis à transmissão, pois possuem sistema imunológico mais fraco. Cães que frequentam praças, pet shops, hotéis ou creches caninas devem ter rotina de prevenção rigorosa, com produtos antiparasitários de amplo espectro.
Uma vez infectado, o cão pode se tornar um reservatório de parasitas, contaminando outros animais e o ambiente. Por isso, o controle deve ser feito em conjunto: tratar o cão, higienizar a casa e, se necessário, aplicar produtos desinfetantes no ambiente externo.
O ciclo dos parasitas é contínuo, e a prevenção precisa ser mensal, sistemática e supervisionada por um veterinário. Somente assim é possível manter o animal saudável e o ambiente livre de infestações.
Sinais e sintomas de infestações parasitárias em cães
Os sinais de infestação por parasitas em cães podem variar dependendo do tipo de parasita e da gravidade da infecção, mas todos eles afetam o bem-estar, a aparência e o comportamento do animal.Os sintomas podem ser externos (visíveis na pele e pelos) ou internos (afetando órgãos e sistemas internos).
Sintomas de parasitas externos:
Coceira intensa e constante, especialmente nas orelhas, pescoço e base da cauda.
Feridas, crostas e vermelhidão na pele, causadas por arranhões repetidos.
Perda de pelos localizada, formando falhas visíveis no corpo.
Presença de pulgas ou carrapatos visíveis, especialmente nas regiões mais quentes e úmidas.
Mau cheiro e secreções na pele devido a infecções secundárias.
Agitação e irritabilidade, já que a coceira e as picadas causam desconforto contínuo.
Sintomas de parasitas internos:
Diarreia frequente (com ou sem sangue).
Vômitos recorrentes, às vezes com presença de vermes.
Barriga inchada, especialmente em filhotes.
Perda de peso mesmo com apetite normal.
Letargia e fraqueza generalizada.
Pelos opacos e sem brilho, sinal de má absorção de nutrientes.
Tosse seca ou dificuldade respiratória, em casos de vermes pulmonares ou cardíacos (Dirofilaria immitis).
Fezes com ovos ou segmentos de vermes, visíveis a olho nu.
Além dos sintomas físicos, cães parasitados apresentam alterações comportamentais, como irritação, apatia e diminuição da disposição para brincar. Em casos avançados, a anemia e a desnutrição podem levar à debilidade extrema e, sem tratamento, à morte.
O diagnóstico precoce é essencial. Qualquer sinal de coceira persistente, perda de peso ou alterações nas fezes deve ser avaliado por um médico-veterinário, que poderá realizar exames laboratoriais (como parasitológico de fezes ou testes sorológicos) para confirmar a presença dos parasitas.
Consequências das infestações por parasitas não tratadas
As infestações parasitárias não tratadas podem causar danos graves e irreversíveis à saúde do cão. Mesmo que alguns parasitas pareçam inofensivos à primeira vista, o impacto cumulativo das infecções contínuas é devastador para o organismo do animal.
Entre as principais consequências estão:
1. Anemia e desnutrição
Pulgas, carrapatos e vermes intestinais consomem sangue e nutrientes, levando o cão a perder peso rapidamente e desenvolver anemia severa. Em filhotes, essa condição pode ser fatal.
2. Danos aos órgãos internos
Parasitas como o Toxocara canis e o Ancylostoma caninum podem migrar pelo corpo, atingindo fígado, pulmões e até o coração. Isso causa inflamações e comprometimento de funções vitais.
3. Doenças infecciosas secundárias
Carrapatos e mosquitos são transmissores de doenças como erlichiose, babesiose, leishmaniose e dirofilariose, que afetam o sistema circulatório e imunológico, podendo deixar sequelas permanentes.
4. Dermatites e infecções de pele
Pulgas e ácaros causam coceira intensa e feridas abertas, facilitando a entrada de bactérias e fungos. As infecções podem se espalhar e provocar mau cheiro, dor e queda excessiva de pelo.
5. Problemas neurológicos e respiratórios
Alguns parasitas pulmonares e cardíacos, como Dirofilaria immitis, prejudicam o fluxo sanguíneo e o fornecimento de oxigênio ao cérebro, resultando em convulsões, desmaios e tosse crônica.
6. Transmissão para humanos (zoonoses)
Muitos parasitas que afetam cães podem ser transmitidos aos humanos, especialmente crianças. A toxocaríase, por exemplo, pode causar problemas oculares e neurológicos em pessoas.
7. Redução da expectativa de vida
Um cão com infestações recorrentes tem sistema imunológico constantemente sobrecarregado. Isso reduz a capacidade do organismo de combater outras doenças, resultando em envelhecimento precoce e menor longevidade.
Em resumo, a falta de prevenção e tratamento antiparasitário não prejudica apenas o cão, mas também coloca em risco os demais animais e até os tutores. A prevenção é sempre o caminho mais seguro, eficaz e econômico.
Cães saudáveis, protegidos e regularmente desparasitados têm uma vida mais longa, ativa e feliz — livres do sofrimento causado pelos parasitas.
Métodos de prevenção de parasitas internos em cães
A prevenção dos parasitas internos (endoparasitas) é uma das práticas mais importantes para manter a saúde do cão e evitar doenças potencialmente graves. Esses parasitas se desenvolvem dentro do organismo e muitas vezes não apresentam sintomas iniciais, tornando a verminação preventiva essencial.
Os principais métodos de prevenção incluem:
Vermifugação regular:
Cães filhotes devem ser vermifugados pela primeira vez entre 15 e 30 dias de vida, com reforços a cada 15 dias até os 3 meses de idade.
Cães adultos devem receber doses preventivas a cada 3 a 6 meses, conforme recomendação veterinária.
Existem vermífugos orais e injetáveis que eliminam diversos tipos de vermes simultaneamente (Toxocara, Ancylostoma, Dipylidium, entre outros).
Controle de pulgas e roedores:
Muitos parasitas intestinais são transmitidos por pulgas e roedores.
Manter o ambiente limpo, sem restos de comida e com o uso regular de antiparasitários externos, reduz significativamente o risco de infecção.
Higiene alimentar:
Evite oferecer carne crua ou alimentos de origem duvidosa, pois podem conter ovos ou larvas de parasitas.
Sempre lave bem os potes de ração e água.
Exames de fezes periódicos:
O exame coproparasitológico deve ser realizado pelo menos duas vezes por ano. Ele permite identificar vermes e protozoários antes que causem sintomas graves.
Vacinação e acompanhamento veterinário:
Embora não exista vacina contra todos os tipos de vermes, manter o cão vacinado fortalece seu sistema imunológico e reduz as complicações associadas às infecções parasitárias.
Prevenção de dirofilariose (verme do coração):
O controle deve ser feito mensalmente, com comprimidos ou pipetas específicas que contêm substâncias preventivas como ivermectina, milbemicina ou moxidectina.
Essa doença é transmitida por mosquitos e pode ser fatal se não for prevenida.
Uma rotina de prevenção consistente é a melhor forma de proteger o cão. O tutor deve entender que vermifugar uma vez não é suficiente — a proteção precisa ser contínua, controlada e acompanhada por um veterinário.
Métodos de prevenção de parasitas externos em cães
Os parasitas externos (ectoparasitas), como pulgas, carrapatos e ácaros, são os mais perceptíveis e também os que mais causam desconforto. Além disso, transmitem doenças graves e podem infestar o ambiente em pouco tempo. Por isso, a prevenção deve ser mensal e constante, independentemente da época do ano.
As estratégias mais eficazes incluem:
Uso de antiparasitários tópicos (spot-on):
Aplicados na nuca do cão, esses produtos (como fipronil, selamectina, fluralaner, moxidectina) eliminam e repelem pulgas, carrapatos e piolhos.
Devem ser reaplicados conforme a bula — geralmente a cada 30 dias.
Coleiras antiparasitárias:
Liberam lentamente substâncias repelentes (como imidacloprida e flumetrina) que protegem o cão por até 8 meses.
São ideais para cães que vivem em áreas externas ou com vegetação.
Comprimidos mastigáveis antiparasitários:
Atuam de dentro para fora, eliminando pulgas e carrapatos em até 24 horas após a ingestão.
Fornecem proteção prolongada (de 1 a 3 meses, dependendo do produto).
Limpeza e dedetização do ambiente:
Lave as camas, cobertores e brinquedos do cão semanalmente com água quente.
Aspire sofás, tapetes e frestas.
Use sprays ambientais para eliminar ovos e larvas de pulgas, que podem sobreviver por semanas fora do animal.
Banhos regulares com xampus antiparasitários:
Devem ser usados apenas com orientação veterinária, pois o uso excessivo pode causar ressecamento da pele.
São eficazes como complemento, mas não substituem o uso de antiparasitários sistêmicos.
Evitar contato com cães desconhecidos:
Cães que frequentam parques, pet shops ou creches caninas devem ter o antiparasitário sempre atualizado, pois esses locais são pontos de contaminação comuns.
A prevenção de parasitas externos deve ser mantida durante todo o ano, inclusive em épocas frias. Mesmo quando não há sinais visíveis, os ovos e larvas permanecem no ambiente, aguardando condições ideais para eclodir.
Um cão protegido contra parasitas externos não apenas vive mais, mas também tem pele saudável, pelagem brilhante e maior qualidade de vida.
Higiene ambiental e rotina preventiva em casa
A prevenção de parasitas em cães não depende apenas do uso de medicamentos, mas também de uma boa higiene ambiental. Isso porque muitos parasitas — como pulgas, carrapatos e ovos de vermes — passam grande parte do seu ciclo de vida fora do corpo do animal, escondidos em tapetes, sofás, quintais e até pequenas frestas do piso.
Manter o ambiente limpo e desinfetado é tão importante quanto tratar o próprio cão. A seguir estão as medidas mais eficazes para manter a casa livre de parasitas:
Limpeza diária dos locais onde o cão dorme:
Lave caminhas, mantas e cobertores com água quente e sabão neutro pelo menos uma vez por semana.
Evite tecidos felpudos, que acumulam ovos e larvas de pulgas.
Aspirar e desinfetar o ambiente:
Aspire sofás, tapetes, cantos e rodapés regularmente para remover ovos e larvas de parasitas.
Após aspirar, descarte o conteúdo imediatamente.
Use desinfetantes veterinários à base de amônia quaternária ou sprays antiparasitários no ambiente.
Cuidado com áreas externas:
Mantenha o quintal limpo e livre de folhas acumuladas.
Corte a grama e evite o acúmulo de umidade — locais ideais para carrapatos e pulgas.
Desinfete canis e pisos com produtos específicos, principalmente no verão.
Higiene dos tutores:
Lave as mãos após brincar com o cão e antes das refeições.
Evite dormir na mesma cama do animal se ele estiver em tratamento antiparasitário.
Controle simultâneo de todos os animais da casa:
Todos os cães e gatos devem ser tratados ao mesmo tempo, pois os parasitas podem se mover entre eles facilmente.
Rotina preventiva constante:
Realize o controle antiparasitário durante todo o ano, mesmo que o cão pareça saudável.
Em climas tropicais, onde o calor e a umidade favorecem os parasitas, a prevenção deve ser ainda mais rigorosa.
Um ambiente limpo é a primeira barreira contra infestações. Essa rotina simples reduz o risco de doenças, evita reinfestações e proporciona um lar mais seguro e saudável para todos os membros da família — humanos e animais.
Erros comuns na prevenção e tratamento de parasitas
Mesmo com boas intenções, muitos tutores cometem erros graves ao tentar proteger seus cães contra parasitas. Esses equívocos podem comprometer a eficácia dos tratamentos e até colocar em risco a saúde do animal. Conhecer esses erros é o primeiro passo para evitá-los.
1. Interromper o tratamento antes do tempo
Muitos tutores param o uso do medicamento assim que os sintomas desaparecem, acreditando que o problema foi resolvido. No entanto, ovos e larvas podem continuar no ambiente ou no corpo do cão, causando reinfestações.
2. Usar medicamentos sem orientação veterinária
A automedicação é perigosa. Doses incorretas podem causar intoxicação, especialmente com antiparasitários que contêm ivermectina em altas concentrações. Somente o veterinário pode prescrever o produto e a dose certa para cada cão.
3. Esquecer o controle ambiental
Tratar o cão e negligenciar o ambiente é um dos erros mais comuns. Pulgas e carrapatos deixam ovos no chão, nos móveis e nas roupas de cama. Sem limpeza adequada, o ciclo recomeça em poucos dias.
4. Achar que o cão de interior não precisa de antiparasitários
Mesmo cães que não saem de casa podem ser contaminados por parasitas trazidos nos sapatos ou nas roupas dos tutores. O uso regular de antiparasitários deve ser mantido em todos os cães, independentemente do estilo de vida.
5. Alternar produtos sem orientação
Trocar de marca ou tipo de antiparasitário sem seguir um plano pode gerar resistência parasitária. É importante respeitar a periodicidade e a rotação de princípios ativos conforme recomendação veterinária.
6. Usar produtos humanos em cães
Remédios, sprays ou xampus destinados a humanos jamais devem ser usados em animais, pois a diferença na sensibilidade cutânea e no metabolismo pode causar queimaduras, alergias e intoxicações graves.
7. Ignorar sintomas leves
Coceira leve ou perda de pelo localizada muitas vezes são sinais iniciais de infestação. A falta de ação imediata permite que os parasitas se multipliquem rapidamente, tornando o tratamento mais difícil e longo.
8. Falta de regularidade na prevenção
A aplicação de antiparasitários deve ser mensal ou conforme o intervalo indicado na bula. Atrasos de poucos dias já são suficientes para que novos parasitas se estabeleçam.
Evitar esses erros é essencial para manter a eficácia dos tratamentos e proteger o cão de doenças graves. O segredo é a prevenção contínua, aliada ao acompanhamento veterinário. Com disciplina, atenção e informação correta, é possível manter o cão livre de parasitas durante toda a vida.
Importância do acompanhamento veterinário contínuo
A prevenção e o controle de parasitas em cães só são verdadeiramente eficazes quando acompanhados por um profissional veterinário. O veterinário é o responsável por orientar o tutor sobre o tipo correto de antiparasitário, a dosagem, o intervalo entre as aplicações e os cuidados complementares de higiene e nutrição.
Muitos tutores acreditam que basta aplicar produtos antiparasitários de tempos em tempos, mas a realidade é que cada cão possui necessidades específicas, influenciadas por fatores como idade, peso, estilo de vida, histórico médico e região geográfica.
Por que o acompanhamento veterinário é indispensável:
Diagnóstico preciso:Nem toda coceira ou diarreia é causada por parasitas. O veterinário diferencia infestações parasitárias de alergias, infecções bacterianas ou doenças hormonais.
Escolha do medicamento adequado:Existem dezenas de antiparasitários no mercado, com diferentes princípios ativos. O uso inadequado pode causar intoxicação ou não eliminar todos os parasitas.
Monitoramento de eficácia:Em infestações graves, o veterinário pode ajustar o tratamento conforme a resposta do organismo, evitando resistência parasitária e recidivas.
Prevenção de zoonoses:Muitos parasitas caninos são transmissíveis a humanos. O veterinário garante que o protocolo de controle também proteja os tutores e suas famílias.
Orientação sobre frequência de vermifugação:A vermifugação preventiva deve seguir um calendário individualizado. Filhotes, fêmeas prenhes e cães idosos exigem cuidados diferenciados.
Educação em saúde preventiva:O acompanhamento veterinário cria uma cultura de cuidado contínuo, evitando que o tutor dependa apenas de tratamentos emergenciais.
Além disso, o veterinário realiza exames de fezes e sangue periódicos, que permitem identificar infestações ainda em fase inicial. Essa abordagem preventiva não só preserva a saúde do cão, mas também reduz os custos a longo prazo, evitando doenças graves e tratamentos prolongados.
Um cão que recebe acompanhamento veterinário regular vive mais, melhor e com qualidade. A medicina preventiva é o caminho mais seguro para garantir que o animal permaneça livre de parasitas, saudável e cheio de energia durante toda a vida.
Perguntas Frequentes sobre Parasitas em Cães
O que são parasitas em cães?
Parasitas são organismos que vivem às custas do cão, alimentando-se de seu sangue, tecidos ou nutrientes. Podem ser internos (como vermes intestinais e cardíacos) ou externos (como pulgas, carrapatos e ácaros), causando doenças, desconforto e enfraquecimento do sistema imunológico.
Quais são os principais tipos de parasitas internos?
Os mais comuns são as lombrigas (Toxocara canis), os ancilóstomos, as tênias (Dipylidium caninum) e os vermes cardíacos (Dirofilaria immitis). Todos podem provocar anemia, perda de peso e distúrbios digestivos.
E quais são os principais parasitas externos?
Entre os mais frequentes estão pulgas, carrapatos, ácaros e piolhos. Eles causam coceira intensa, feridas na pele e podem transmitir doenças graves como erlichiose e babesiose.
Como meu cão pode pegar parasitas?
O contágio ocorre por contato direto com outros animais, pelo ambiente contaminado (grama, canis, tapetes) ou através de picadas de insetos. Também pode ocorrer ao ingerir água ou alimentos contaminados.
Os parasitas de cães podem ser transmitidos para humanos?
Sim. Alguns são zoonóticos, como o Toxocara canis e o Ancylostoma caninum, podendo causar lesões oculares, cutâneas e até problemas neurológicos em pessoas.
Como saber se meu cão está com parasitas?
Os sinais incluem coceira, feridas, queda de pelo, diarreia, barriga inchada, perda de apetite, fraqueza e, em alguns casos, vermes visíveis nas fezes. Qualquer sintoma deve ser avaliado por um veterinário.
Com que frequência devo vermifugar meu cão?
Filhotes devem ser vermifugados a cada 15 dias até os 3 meses de idade. Adultos precisam de reforços a cada 3 a 6 meses, conforme orientação veterinária e estilo de vida do animal.
Os vermes intestinais podem ser fatais?
Sim. Infestações intensas causam obstrução intestinal, anemia e desnutrição severa, podendo levar o cão à morte se não forem tratadas a tempo.
Como prevenir vermes no coração (dirofilariose)?
A prevenção deve ser feita com medicações mensais (com ivermectina, moxidectina ou milbemicina), especialmente em regiões quentes e úmidas, onde há maior presença de mosquitos transmissores.
Meu cão pode ter parasitas mesmo sem sair de casa?
Sim. O tutor pode trazer ovos ou larvas em sapatos e roupas, e os mosquitos entram facilmente em ambientes internos. Por isso, a prevenção deve ser contínua mesmo em cães de apartamento.
Posso usar o mesmo antiparasitário o ano inteiro?
Sim, desde que seja o produto indicado pelo veterinário. A prevenção deve ser mensal e ininterrupta, pois os parasitas estão ativos durante todo o ano.
O que acontece se eu parar de aplicar o antiparasitário?
Em poucos dias, o cão pode voltar a ser infestado. As pulgas e carrapatos se reproduzem rapidamente, e um único ciclo interrompido já permite a reinfestação.
Qual é o melhor tipo de antiparasitário para cães?
Depende do estilo de vida do cão. Existem spot-ons (pipetas), comprimidos mastigáveis e coleiras repelentes. O veterinário determinará o mais eficaz de acordo com o ambiente e o histórico de saúde do animal.
Posso usar antiparasitário de gato no meu cão?
Não. Produtos para gatos contêm substâncias (como permetrina) que podem ser tóxicas para cães. Sempre use medicamentos específicos para cada espécie.
Os banhos antipulgas substituem o uso de antiparasitários?
Não. Xampus ajudam a aliviar o desconforto, mas não eliminam parasitas do ambiente nem impedem novas infestações. Eles são apenas complementares ao tratamento principal.
Como eliminar parasitas do ambiente?
Aspire tapetes, sofás e cantos da casa, lave caminhas e cobertores com água quente e use sprays antiparasitários ambientais. Sem limpeza adequada, os ovos e larvas permanecem ativos por semanas.
É verdade que os parasitas podem causar doenças graves?
Sim. Pulgas e carrapatos transmitem doenças infecciosas como erlichiose, anaplasmose e leishmaniose, enquanto vermes intestinais e cardíacos podem causar insuficiência de órgãos e até morte.
Meu cão tem pulgas, mas não coça. Isso é normal?
Sim. Alguns cães têm tolerância à picada da pulga, mas ainda assim estão infestados. Mesmo sem coceira, as pulgas transmitem vermes e devem ser eliminadas imediatamente.
Os filhotes precisam de proteção contra parasitas?
Sim, e desde cedo. Filhotes podem nascer infectados com vermes pela mãe ou contrair parasitas nas primeiras semanas de vida. A prevenção precoce é fundamental para o crescimento saudável.
Carrapatos podem causar febre e anemia no cão?
Sim. Eles se alimentam de sangue e transmitem doenças como erlichiose e babesiose, que provocam febre, fraqueza, perda de peso e anemia intensa.
É perigoso usar produtos caseiros contra pulgas e carrapatos?
Sim. Misturas caseiras com álcool, vinagre ou óleo essencial podem causar queimaduras e intoxicação. Apenas produtos veterinários são seguros e eficazes.
Qual a frequência ideal para aplicar antiparasitários externos?
Depende do produto: pipetas geralmente são aplicadas a cada 30 dias, comprimidos mastigáveis podem durar até 3 meses, e coleiras têm efeito de 6 a 8 meses.
Os parasitas afetam a expectativa de vida do cão?
Sim. Infestações repetidas enfraquecem o sistema imunológico, causam doenças crônicas e reduzem a longevidade do cão. O controle parasitário regular aumenta a expectativa de vida em até 20%.
O veterinário precisa examinar meu cão mesmo que ele pareça saudável?
Sim. Muitos parasitas agem silenciosamente. Consultas preventivas e exames de fezes identificam infestações antes que causem danos graves.
Qual é o melhor método para manter o cão livre de parasitas?
O ideal é combinar antiparasitários internos e externos, higiene ambiental e acompanhamento veterinário. Essa abordagem integrada garante proteção completa e duradoura.
Fontes
World Small Animal Veterinary Association (WSAVA) – Guidelines for Parasite Control in Dogs and Cats
American Veterinary Medical Association (AVMA) – Parasite Prevention and Control
Centers for Disease Control and Prevention (CDC) – Zoonotic Parasites in Companion Animals
European Scientific Counsel Companion Animal Parasites (ESCCAP) – Recommendations for Endo and Ectoparasite Control
Mersin Vetlife Veterinary Clinic – Haritada Aç: https://share.google/XPP6L1V6c1EnGP3Oc





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