Piometra Canina (Infecção Uterina) – Sintomas, Diagnóstico, Tratamento, Cirurgia e Cuidados Pós-Operatórios - piometra em cães
- VetSağlıkUzmanı

- 3 de out.
- 22 min de leitura
Atualizado: 5 de nov.
O que é a piometra em cadelas
A piometra canina é uma infecção bacteriana grave e potencialmente fatal que afeta o útero das cadelas não castradas. Ocorre geralmente algumas semanas após o cio, quando o organismo da fêmea está sob forte influência hormonal da progesterona — hormônio responsável por preparar o útero para a gestação.
Durante o ciclo reprodutivo, o útero sofre alterações fisiológicas que o tornam mais espesso e menos contrátil. Essas mudanças criam um ambiente ideal para a multiplicação bacteriana, especialmente quando não há gestação e o conteúdo uterino não é eliminado. As bactérias, geralmente provenientes do trato intestinal, como a Escherichia coli, ascendem pela vagina e colonizam o útero.
A infecção leva ao acúmulo de pus e secreções no interior do útero, provocando inflamação intensa, toxemia e, nos casos mais graves, sepse sistêmica. Sem intervenção imediata, a piometra pode evoluir para ruptura uterina, peritonite e falência de múltiplos órgãos, representando risco iminente de morte.
A doença acomete cadelas de todas as raças, embora haja uma leve predisposição em raças como Labrador Retriever, Pastor Alemão, Golden Retriever e Poodle. Fêmeas de meia-idade a idosas (acima de 5 anos) são as mais afetadas, mas cadelas jovens também podem desenvolver a doença, especialmente se receberam anticoncepcionais hormonais.
A piometra é considerada uma emergência veterinária. Sua progressão é rápida, e o quadro clínico pode se deteriorar em poucas horas. O diagnóstico precoce e o tratamento cirúrgico imediato são fundamentais para a sobrevivência.
A melhor forma de evitar a piometra é a castração preventiva (ovariohisterectomia), realizada antes do primeiro ou segundo cio. Essa medida elimina completamente o risco da doença e ainda reduz a incidência de tumores mamários.

Causas e fatores de risco da piometra canina
A piometra é o resultado de uma combinação complexa entre fatores hormonais, infecciosos e anatômicos. Não se trata de uma infecção comum, mas de uma sequência de eventos fisiológicos que predispõem o útero à colonização bacteriana.
1. Influência da progesterona
Durante o diestro, fase do ciclo reprodutivo que ocorre após o cio, os níveis de progesterona permanecem elevados por várias semanas. Esse hormônio prepara o útero para abrigar um embrião, estimulando o espessamento do endométrio e reduzindo a contração uterina.Quando a cadela não engravida, o muco e as secreções acumulam-se no interior do útero, e o colo uterino permanece parcialmente fechado — criando o ambiente perfeito para o crescimento bacteriano.
2. Infecção bacteriana ascendente
As bactérias presentes no períneo e na vagina (geralmente E. coli) podem subir até o útero, principalmente durante o cio, quando o colo uterino está aberto. Assim que o ciclo termina e o colo se fecha, as bactérias ficam “presas” dentro do útero e começam a se multiplicar.
3. Alterações endometriais crônicas
Cadelas que passaram por vários ciclos estrais sem cruzar apresentam hiperplasia endometrial cística — espessamento progressivo da mucosa uterina causado pela exposição repetida à progesterona. Esse processo é considerado uma das principais alterações pré-piometra.
4. Uso de anticoncepcionais hormonais
O uso indevido de anticoncepcionais à base de progesterona (como acetato de medroxiprogesterona ou megestrol) é um dos principais fatores de risco. Esses medicamentos bloqueiam o cio, mas também alteram a morfologia uterina e favorecem infecções graves.O uso contínuo pode causar degeneração do útero, predispondo à formação de muco, cistos e, finalmente, à piometra.
5. Idade e imunossupressão
Cadelas idosas têm menor capacidade de resposta imunológica e maior tempo de exposição hormonal, o que aumenta significativamente o risco. Doenças concomitantes, como diabetes mellitus e insuficiência renal, também reduzem a defesa natural do organismo.
6. Fatores anatômicos e ambientais
Má higiene, infecções vaginais recorrentes e acasalamentos com machos portadores de bactérias patogênicas são fatores adicionais. Ambientes úmidos, sujos ou com alta densidade de cães elevam a contaminação bacteriana.
7. Histórico reprodutivo
Cadelas que nunca engravidaram ou tiveram repetidas pseudocieses (gravidezes psicológicas) estão mais predispostas, pois a atividade hormonal constante mantém o útero em estado de vulnerabilidade.
A piometra canina é, portanto, uma consequência cumulativa de fatores hormonais e infecciosos. Embora qualquer fêmea não castrada esteja em risco, a castração cirúrgica continua sendo o único método verdadeiramente eficaz de prevenção.
Sintomas e sinais clínicos da piometra em cadelas
Os sintomas da piometra canina variam conforme a fase da doença, o tipo de piometra (aberta ou fechada) e o grau de comprometimento sistêmico da cadela. Nos estágios iniciais, os sinais podem ser discretos e facilmente confundidos com alterações normais do ciclo reprodutivo, o que frequentemente leva ao diagnóstico tardio.
Com a progressão da infecção, as toxinas liberadas pelas bactérias alcançam a corrente sanguínea e afetam múltiplos órgãos, resultando em intoxicação generalizada (sepse). O reconhecimento precoce dos sintomas é essencial para evitar complicações fatais.
1. Sinais iniciais e inespecíficos
Nas primeiras fases, é comum observar:
Apatia e cansaço — a cadela fica mais quieta e busca locais frios ou isolados.
Perda de apetite (anorexia) — pode ser leve ou total.
Febre intermitente — geralmente entre 39,5 °C e 41 °C.
Polidipsia e poliúria — aumento da sede e da micção devido ao efeito das toxinas sobre os rins.
Vômitos ocasionais e diarreia leve.Esses sinais muitas vezes são interpretados como algo gastrointestinal, atrasando o diagnóstico correto.
2. Sinais característicos da piometra aberta
Quando o colo do útero está aberto, o pus é eliminado para o exterior e o tutor pode observar:
Corrimento vaginal purulento ou sanguinolento, de coloração esverdeada, amarelada ou marrom;
Odor forte e desagradável;
Lambedura constante da vulva, causando irritação local;
Redução gradual do inchaço abdominal à medida que o pus é drenado.
Apesar da drenagem parcial, a infecção continua ativa e o risco sistêmico persiste. A febre, a fraqueza e a desidratação ainda são comuns.
3. Sinais da piometra fechada
Na forma fechada, o colo do útero permanece completamente selado, impedindo a saída do pus. O conteúdo acumula-se rapidamente, distendendo o útero e provocando dor intensa.Os sintomas típicos são:
Aumento acentuado do abdômen, rígido e sensível ao toque;
Ausência de corrimento vaginal, o que confunde o diagnóstico;
Letargia severa e respiração ofegante;
Vômitos contínuos, desidratação extrema e choque séptico em estágios avançados.
Esse tipo é o mais perigoso, pois a pressão interna pode levar à ruptura uterina e à peritonite séptica, condição que ameaça a vida da cadela em poucas horas.
4. Alterações laboratoriais típicas
Durante o hemograma e exames bioquímicos, o veterinário geralmente encontra:
Leucocitose com neutrofilia acentuada;
Aumento da ureia e creatinina (indicam comprometimento renal);
Elevação das enzimas hepáticas;
Desidratação e acidose metabólica.
Esses achados confirmam a extensão sistêmica da infecção.
5. Importância da observação do tutor
Cadelas são habilidosas em esconder sinais de dor. Por isso, qualquer comportamento anormal — falta de apetite, aumento da sede, corrimento ou abdômen distendido — deve ser considerado motivo para atendimento veterinário urgente.A piometra pode matar em poucos dias se não for diagnosticada a tempo.
Tipos de piometra: aberta e fechada
A piometra é classificada conforme o estado do colo do útero (cérvix): se está aberto, permitindo a drenagem do pus, ou fechado, retendo todo o conteúdo no útero. Essa distinção é essencial para o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico.
1. Piometra aberta
Na piometra aberta, o colo do útero está parcialmente dilatado. O pus produzido no interior do útero é eliminado através da vagina, tornando o quadro mais fácil de identificar.Características principais:
Corrimento purulento visível;
Menor risco de ruptura uterina;
Abdômen pouco distendido;
Estado geral variando de moderado a grave;
Diagnóstico clínico e ultrassonográfico mais simples.
Apesar de o prognóstico ser mais favorável, o quadro ainda é grave e requer cirurgia urgente. O tratamento clínico isolado raramente é eficaz.
2. Piometra fechada
Na piometra fechada, o colo uterino está totalmente selado. Isso impede a saída do pus e faz o útero dilatar-se rapidamente.Características clínicas:
Ausência de corrimento vaginal;
Abdômen rígido e extremamente dolorido;
Febre alta e taquicardia;
Rápida evolução para sepse e choque.
A pressão interna elevada pode causar ruptura do útero, liberando pus na cavidade abdominal — situação crítica que exige cirurgia imediata e cuidados intensivos.
3. Comparativo entre as duas formas
Tipo de Piometra | Corrimento Vaginal | Gravidade | Diagnóstico | Risco de Ruptura |
Aberta | Presente, purulento e fétido | Moderada a grave | Fácil | Moderado |
Fechada | Ausente | Muito grave | Difícil | Muito alto |
A forma fechada representa o maior risco para a vida da cadela. Mesmo que o tratamento seja o mesmo — cirurgia de emergência — o prognóstico é mais reservado.
4. Importância da diferenciação
Identificar corretamente o tipo de piometra ajuda o veterinário a determinar a urgência do procedimento e o tipo de monitoramento pós-operatório necessário.Em todos os casos, a ovariohisterectomia de emergência é o tratamento indicado, e o tempo é um fator determinante para a sobrevivência.
Diagnóstico da piometra canina
O diagnóstico da piometra em cadelas requer uma avaliação clínica minuciosa e o uso de exames complementares que confirmem a presença de conteúdo purulento dentro do útero. Como os sintomas podem ser inespecíficos, o veterinário deve sempre considerar a piometra como diagnóstico diferencial em todas as fêmeas não castradas com apatia, aumento da sede ou secreção vaginal.
1. Avaliação clínica e histórico
O primeiro passo é a coleta do histórico reprodutivo da paciente. O veterinário deve perguntar:
Quando ocorreu o último cio;
Se houve acasalamento recente;
Se a cadela usa anticoncepcionais;
Quais sintomas surgiram e há quanto tempo.
Cadelas com piometra geralmente apresentam histórico de cio recente (há 3 a 8 semanas) e começam a mostrar sinais de letargia, febre e perda de apetite nesse período.
Durante o exame físico, observam-se:
Mucosas pálidas ou amareladas;
Aumento abdominal;
Corrimento purulento pela vulva (em casos abertos);
Desidratação e febre moderada a alta.
Em casos de piometra fechada, o abdômen pode estar tenso e sensível, e a cadela demonstra dor ao toque.
2. Hemograma e bioquímica sanguínea
O hemograma geralmente revela:
Leucocitose acentuada, com neutrofilia e desvio à esquerda;
Anemia moderada devido à inflamação crônica;
Aumento da ureia e creatinina, indicando comprometimento renal;
Elevação de enzimas hepáticas (ALT e AST) em casos sépticos.
Esses exames são fundamentais não apenas para o diagnóstico, mas também para avaliar a capacidade da paciente suportar a anestesia e a cirurgia.
3. Ultrassonografia abdominal
É o exame mais preciso para confirmar o diagnóstico. Na ultrassonografia, o útero aparece distendido, com paredes espessadas e conteúdo anecogênico ou heterogêneo (pus).Em alguns casos, é possível visualizar gás ou líquido em diferentes densidades, confirmando o processo infeccioso.
A ultrassonografia também permite diferenciar a piometra de outras condições, como gravidez, mucometra ou hidrometra.
4. Radiografia abdominal
Pode ser utilizada como exame complementar. O útero aparece como uma estrutura tubular alongada e cheia de fluido.Em cadelas magras, o diagnóstico radiográfico é mais evidente, enquanto em animais obesos pode ser difícil visualizar detalhes.
5. Cultura bacteriana e antibiograma
Em casos de recidiva ou infecção resistente, pode-se coletar secreção uterina para cultura e identificação da bactéria envolvida, geralmente Escherichia coli, Staphylococcus ou Streptococcus.O antibiograma auxilia na escolha do antibiótico mais eficaz, especialmente para o pós-operatório.
6. Diagnóstico diferencial
Outras condições que podem se assemelhar à piometra incluem:
Gestação;
Pseudociese (gravidez psicológica);
Neoplasias uterinas;
Doenças hepáticas ou renais com ascite;
Infecções vaginais simples.
A confirmação definitiva da piometra é feita pela combinação dos sinais clínicos, exames laboratoriais e imagem ultrassonográfica.
Tratamento cirúrgico (ovariohisterectomia) da piometra em cadelas
A ovariohisterectomia de emergência — remoção completa do útero e dos ovários — é o tratamento mais eficaz e definitivo para a piometra canina. O objetivo é eliminar a infecção na fonte e evitar a progressão para sepse e falência de órgãos.
1. Indicações
O tratamento cirúrgico é indicado em todos os casos confirmados de piometra, sejam eles abertos ou fechados.O tratamento clínico com antibióticos e hormônios (prostaglandinas) é reservado a situações muito específicas, como cadelas de alto valor genético, e mesmo assim apresenta alto índice de recidiva (até 70%).
2. Preparação pré-operatória
Como muitas pacientes chegam desidratadas e intoxicadas, a estabilização antes da cirurgia é essencial.São administrados:
Soro intravenoso (Ringer Lactato ou NaCl 0,9%);
Antibióticos de amplo espectro (amoxicilina + clavulanato ou ceftriaxona);
Analgésicos e anti-inflamatórios;
Suporte hepático e renal, se necessário.
O monitoramento pré-anestésico inclui temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e parâmetros renais.
3. Técnica cirúrgica
A cirurgia é realizada sob anestesia geral.Após a abertura da cavidade abdominal:
O útero é cuidadosamente exteriorizado;
As artérias uterinas e ovarianas são ligadas;
Todo o útero, incluindo os ovários, é removido em bloco;
A cavidade é lavada com solução salina morna para remover resíduos contaminados;
A parede abdominal é suturada em camadas.
É imprescindível evitar a ruptura do útero durante o manuseio, pois o vazamento de pus pode causar peritonite séptica.
4. Pós-operatório imediato
Após a cirurgia, a cadela deve permanecer hospitalizada por 24 a 48 horas para observação e suporte:
Antibioticoterapia contínua por 10 a 14 dias;
Fluidoterapia e controle da temperatura corporal;
Analgesia com opioides e anti-inflamatórios não esteroides;
Alimentação leve e fracionada após 12 horas;
Colar elizabetano para impedir lambedura da ferida cirúrgica.
Os pontos são removidos após 10 a 14 dias, dependendo da cicatrização.
5. Prognóstico após a cirurgia
O prognóstico é excelente em casos tratados precocemente.Mais de 90% das cadelas se recuperam totalmente quando a cirurgia é feita antes do rompimento uterino.Entretanto, quando há peritonite séptica ou insuficiência renal prévia, o prognóstico torna-se reservado.
6. Alternativas médicas
Embora o tratamento cirúrgico seja a regra, algumas terapias médicas podem ser usadas temporariamente:
Prostaglandinas (PGF2α) para induzir contrações uterinas e eliminação do pus;
Antiprogestágenos (aglepristona) para bloquear o efeito da progesterona;
Antibióticos potentes e suporte intensivo.
Esses métodos têm eficácia limitada e alto risco de recidiva. Portanto, são apenas paliativos e não substituem a cirurgia.
Cuidados pós-operatórios após a cirurgia de piometra
O sucesso da cirurgia de piometra depende não apenas da remoção completa do útero e ovários, mas também de um pós-operatório cuidadoso e bem monitorado. A fase de recuperação é crucial, pois o organismo da cadela ainda enfrenta os efeitos da toxemia e da anestesia.
1. Hospitalização e monitoramento
Após a ovariohisterectomia, a cadela deve permanecer internada por 24 a 48 horas sob observação constante.Durante esse período, o veterinário avalia:
Temperatura corporal e frequência cardíaca;
Taxa respiratória e oxigenação;
Nível de hidratação e diurese;
Estado da ferida cirúrgica.
Cadelas com infecção severa ou comprometimento renal podem precisar de internação prolongada, com fluidoterapia contínua e controle laboratorial diário.
2. Medicação e controle da dor
A antibioticoterapia é obrigatória para prevenir infecções secundárias.Os antibióticos mais usados incluem:
Amoxicilina + clavulanato,
Cefalexina,
Enrofloxacina,
Ou Ceftriaxona em casos sépticos graves.
A dor deve ser controlada com analgesia multimodal, combinando:
Opioides (tramadol, buprenorfina);
Anti-inflamatórios não esteroides (meloxicam, carprofeno).
O tratamento da dor melhora o apetite e acelera a recuperação metabólica.
3. Alimentação e hidratação
Nas primeiras 12 horas após a cirurgia, recomenda-se jejum parcial com acesso livre à água fresca.Depois disso, introduz-se uma alimentação leve, rica em proteínas e de fácil digestão, dividida em pequenas porções.
Se a cadela recusar alimento, o veterinário pode indicar:
Dieta pastosa ou ração úmida;
Suplementos com aminoácidos e vitaminas do complexo B;
Estimulantes de apetite, caso necessário.
A hidratação adequada é vital para restaurar a função renal e eliminar toxinas acumuladas durante o quadro infeccioso.
4. Cuidados com a ferida cirúrgica
O tutor deve inspecionar o local da incisão diariamente:
A área deve estar limpa, seca e sem secreção;
Deve-se evitar lambedura, utilizando colar elizabetano;
O curativo pode ser limpo com clorexidina diluída (0,05%);
Os pontos são removidos entre o 10º e 14º dia após a cirurgia.
Caso haja inchaço, vermelhidão ou secreção purulenta, o veterinário deve ser consultado imediatamente.
5. Reavaliação e exames de controle
Recomenda-se reavaliação clínica em 48 horas, seguida de nova consulta após 10 dias e, se necessário, exames laboratoriais (ureia, creatinina, hemograma) para confirmar a recuperação total.
6. Ambiente e manejo domiciliar
A cadela deve permanecer em um ambiente calmo, seco e confortável, longe de escadas e brincadeiras intensas. O estresse pode retardar a cicatrização e enfraquecer o sistema imune.
Com acompanhamento adequado, a maioria das pacientes recupera-se completamente em duas a três semanas, retomando o apetite e o comportamento normal.
Prognóstico e tempo de recuperação das cadelas com piometra
O prognóstico da piometra canina depende diretamente do momento em que o diagnóstico é feito e do estado clínico da cadela no momento da cirurgia. Quando a intervenção é precoce, a taxa de sucesso é extremamente alta — acima de 90%.
1. Fatores que influenciam o prognóstico
Tempo de evolução da doença: cada dia de atraso aumenta o risco de sepse e falência renal.
Tipo de piometra: casos de piometra fechada são mais graves, com mortalidade até quatro vezes maior.
Idade da paciente: cadelas idosas têm recuperação mais lenta e risco anestésico elevado.
Função renal e hepática: insuficiências pré-existentes agravam o quadro e prolongam a internação.
Resposta ao tratamento pós-operatório: adesão correta à antibioticoterapia é decisiva para o sucesso.
2. Taxas de sobrevivência
Casos tratados precocemente: 90–95% de sucesso;
Casos com sepse moderada: cerca de 75% sobrevivem;
Casos com ruptura uterina ou falência renal: menos de 50%.
Esses números reforçam a importância da consulta veterinária imediata diante de qualquer suspeita.
3. Tempo médio de recuperação
A recuperação total costuma levar 10 a 20 dias.Durante esse período:
O apetite volta em 3–5 dias;
A temperatura corporal normaliza em 48–72 horas;
A cicatrização completa ocorre em 10–14 dias;
A vitalidade e o peso corporal retornam à normalidade em até 3 semanas.
Cadelas com doença renal ou hepática podem precisar de acompanhamento prolongado e dieta específica.
4. Prognóstico reservado
Nos casos em que a infecção evolui para peritonite séptica ou choque, o prognóstico é reservado. Mesmo com cirurgia, pode haver necessidade de suporte intensivo prolongado, com ventilação assistida, fluidoterapia e medicamentos vasoativos.
5. Impactos a longo prazo
Uma vez recuperada, a cadela não voltará a entrar no cio, pois os ovários são removidos junto ao útero.A cirurgia também elimina o risco de tumores uterinos e reduz drasticamente o risco de tumores mamários.
Em suma, quando diagnosticada precocemente e tratada corretamente, a piometra canina tem excelente prognóstico e recuperação completa, garantindo à cadela uma vida longa, saudável e livre de dor.
Possíveis complicações da piometra canina
Mesmo com tratamento cirúrgico adequado, a piometra é uma doença de alto risco, que pode causar diversas complicações antes, durante e após a cirurgia. O quadro clínico geralmente envolve infecção generalizada (sepse), alterações renais e hepáticas e, em casos graves, ruptura uterina.
1. Ruptura uterina e peritonite séptica
Uma das complicações mais perigosas é a ruptura do útero, que libera o pus contaminado diretamente na cavidade abdominal.Essa situação provoca uma peritonite séptica — inflamação intensa do peritônio, com acúmulo de líquido infeccioso e disseminação de bactérias.Os sintomas incluem:
Abdômen distendido e extremamente doloroso;
Febre alta e desidratação severa;
Respiração ofegante e colapso circulatório.
O tratamento requer cirurgia de emergência e fluidoterapia intensiva. Mesmo com suporte avançado, a taxa de mortalidade nesses casos é alta.
2. Sepse e choque endotóxico
A liberação de toxinas bacterianas na corrente sanguínea leva à sepse sistêmica, que pode evoluir para choque endotóxico.Essa condição provoca falência múltipla de órgãos, queda de pressão arterial e hipóxia tecidual.Os sinais clínicos incluem:
Mucosas pálidas ou arroxeadas;
Pulsos fracos e rápidos;
Tremores, fraqueza extrema e hipotermia.
A terapia intensiva deve incluir antibióticos intravenosos, fluidos e, em casos graves, drogas vasoativas.
3. Insuficiência renal aguda
As toxinas circulantes afetam diretamente os néfrons renais, prejudicando a filtração e provocando aumento de ureia e creatinina.Mesmo após a cirurgia, algumas cadelas desenvolvem insuficiência renal aguda que requer tratamento contínuo com fluidos, dieta renal e acompanhamento laboratorial.
4. Disfunção hepática
O fígado é sobrecarregado pela metabolização das toxinas e medicamentos. O resultado pode ser elevação de enzimas hepáticas e icterícia.Em casos avançados, ocorre encefalopatia hepática, com sintomas neurológicos como tremores e desorientação.
5. Anemia e coagulopatias
A inflamação crônica e o processo infeccioso podem causar anemia de doença crônica e trombocitopenia, aumentando o risco de sangramento durante ou após a cirurgia.Em situações severas, pode ser necessário o uso de transfusão sanguínea.
6. Infecção de ferida cirúrgica
Se o pus contaminar a cavidade abdominal durante a cirurgia, pode haver infecção de ferida operatória, que exige drenagem, antibioticoterapia e reabertura parcial da incisão.
7. Recidiva (piometra de coto uterino)
Em raros casos, se permanecer tecido uterino ou ovárico residual após a castração, pode ocorrer uma nova infecção. Essa condição é chamada de piometra de coto e requer uma segunda cirurgia corretiva.
Essas complicações reforçam que a piometra é uma doença de emergência que deve ser tratada o mais rápido possível. O diagnóstico precoce reduz drasticamente os riscos e melhora o prognóstico.
Prevenção da piometra em cadelas (castração e acompanhamento veterinário)
A piometra é uma enfermidade totalmente evitável. A prevenção baseia-se principalmente na castração precoce e na educação dos tutores sobre os riscos do uso de anticoncepcionais.
1. Castração preventiva
A ovariohisterectomia preventiva elimina completamente a possibilidade de piometra, já que remove o útero e os ovários.O ideal é que a cirurgia seja feita antes do primeiro ou segundo cio, quando os tecidos são mais saudáveis e o risco anestésico é menor.
Os benefícios da castração precoce incluem:
Prevenção total da piometra;
Redução de até 90% no risco de tumores mamários;
Eliminação de pseudociese (gravidez psicológica);
Diminuição de agressividade e comportamentos de fuga;
Maior longevidade e qualidade de vida.
Estudos demonstram que cadelas castradas vivem, em média, de 2 a 3 anos a mais que as não castradas.
2. Evitar o uso de anticoncepcionais hormonais
O uso de anticoncepcionais para “bloquear o cio” é uma prática arriscada e altamente desencorajada.Esses medicamentos — geralmente à base de acetato de medroxiprogesterona ou megestrol — alteram a fisiologia uterina e aumentam exponencialmente o risco de infecção.Além da piometra, podem causar:
Cistos ovarianos;
Neoplasias mamárias;
Diabetes mellitus induzido por hormônios.
Portanto, a castração é sempre a alternativa mais segura e ética.
3. Exames veterinários periódicos
Cadelas não castradas devem realizar check-ups anuais, especialmente após os 5 anos de idade.O veterinário pode solicitar ultrassonografia e exames de sangue para detectar alterações uterinas antes que se tornem graves.
4. Higiene e cuidados gerais
Manter o ambiente limpo e seco, trocar frequentemente o forro da cama e evitar o acasalamento com machos desconhecidos reduz o risco de infecções bacterianas ascendentes.
5. Educação e conscientização dos tutores
A maioria dos casos de piometra ainda ocorre por falta de informação.Muitos tutores acreditam que a castração “faz mal” ou “muda o comportamento da cadela”, quando na verdade o procedimento previne sofrimento e doenças fatais.
A conscientização sobre a importância da castração é uma ferramenta essencial de saúde pública veterinária, pois reduz o número de cadelas doentes e o abandono de animais.
Em resumo, a piometra é uma doença grave, mas 100% prevenível.A castração precoce e o acompanhamento veterinário regular são as medidas mais seguras para garantir uma vida longa, saudável e livre de dor às cadelas.
Piometra em cadelas jovens e idosas: diferenças clínicas
A piometra pode acometer cadelas de qualquer idade após a puberdade, mas existem diferenças significativas entre os casos que ocorrem em fêmeas jovens e aqueles observados em animais mais velhos. Essas diferenças influenciam o diagnóstico, o tratamento e o prognóstico.
1. Cadelas jovens (menos de 3 anos)
A piometra em cadelas jovens é relativamente rara, mas não impossível. Normalmente está associada a fatores externos, como:
Uso de anticoncepcionais hormonais;
Infecções uterinas secundárias a partos complicados;
Anomalias congênitas do útero;
Infecções vaginais recorrentes.
Em animais jovens, o útero ainda é elástico e responde com inflamações agudas e rápidas.Os sintomas aparecem de forma abrupta — febre alta, secreção purulenta intensa e dor abdominal evidente.O diagnóstico costuma ser mais fácil devido à manifestação evidente dos sinais clínicos.
O tratamento cirúrgico geralmente tem excelente prognóstico, com recuperação rápida e poucas complicações.
2. Cadelas adultas (3 a 7 anos)
Essa faixa etária representa a maior incidência da doença. As cadelas adultas passam por múltiplos ciclos reprodutivos não férteis, acumulando alterações hormonais que predispõem à hiperplasia endometrial cística.A piometra tende a ocorrer entre 30 e 60 dias após o cio e pode ser tanto do tipo aberta quanto fechada.
O quadro clínico é moderado a grave, e o prognóstico continua favorável quando o tratamento é realizado prontamente.
3. Cadelas idosas (acima de 7 anos)
As fêmeas idosas apresentam maior risco e pior prognóstico. Com o envelhecimento, a musculatura uterina perde elasticidade, a imunidade sistêmica diminui e as doenças associadas — como diabetes e insuficiência renal — dificultam a recuperação.
Além disso, nesses animais a piometra costuma ser fechada, o que torna o diagnóstico tardio. Os sintomas podem ser sutis: apatia leve, sede aumentada, discreto inchaço abdominal.Quando a cadela chega à clínica, o útero já está muito distendido e o quadro é crítico.
O tratamento cirúrgico ainda é possível, mas o risco anestésico é maior. O acompanhamento intensivo e a estabilização prévia são indispensáveis.
4. Comparativo clínico
Faixa Etária | Tipo Mais Comum | Sintomas Predominantes | Prognóstico |
Jovens (<3 anos) | Aberta | Febre alta, secreção purulenta | Excelente |
Adultas (3–7 anos) | Aberta ou Fechada | Corrimento, apatia, anorexia | Muito bom |
Idosas (>7 anos) | Fechada | Aumento abdominal, letargia | Reservado |
Essas diferenças reforçam a importância da castração preventiva em idade jovem, quando o risco anestésico é mínimo e a recuperação é rápida.
Quando procurar o veterinário?
A piometra é uma emergência médica. O tempo entre o início dos sintomas e o atendimento veterinário define o desfecho da doença. Quanto mais cedo a cadela for examinada, maiores são as chances de sobrevivência.
1. Sinais que exigem atendimento imediato
O tutor deve procurar o veterinário assim que observar:
Corrimento vaginal purulento ou com sangue;
Aumento repentino do abdômen;
Letargia, apatia ou recusa alimentar;
Febre, vômitos ou diarreia após o cio;
Sede excessiva e urina em grande quantidade;
Respiração acelerada ou dor abdominal.
Mesmo que o corrimento seja leve, ele pode indicar o início de uma piometra aberta. Já a ausência de secreção, acompanhada de inchaço abdominal e fraqueza, pode sinalizar uma piometra fechada, ainda mais perigosa.
2. Após o uso de anticoncepcionais
Se a cadela recebeu anticoncepcionais nas semanas anteriores, o risco de piometra é elevado.Alterações comportamentais como cansaço, perda de apetite ou sede exagerada devem ser avaliadas imediatamente.
3. Período pós-cio
A maioria dos casos de piometra ocorre entre 3 e 8 semanas após o cio. Esse é o momento de maior alerta.O tutor deve observar mudanças sutis — aumento da ingestão de água, lambedura da vulva, apatia ou distensão abdominal.
4. Diagnóstico domiciliar é impossível
A piometra não pode ser confirmada apenas pela observação. Somente o exame veterinário com ultrassonografia e análises laboratoriais confirma o diagnóstico.Aguardar ou tentar tratar em casa pode ser fatal.
5. O papel do tutor
O tutor é o primeiro a perceber que algo está errado.Ignorar sintomas leves é o erro mais comum. Mesmo que a cadela pareça apenas cansada, o atendimento imediato pode salvar sua vida.
6. Importância da urgência
Cada hora de atraso no atendimento aumenta o risco de sepse, ruptura uterina e morte.Cadelas com suspeita de piometra devem ser tratadas com a mesma urgência que um trauma grave ou intoxicação aguda.
Em resumo, ao menor sinal de alteração após o cio, a cadela deve ser levada ao veterinário. O diagnóstico precoce é a chave para a cura e para a preservação da vida.
Custos médios do tratamento de piometra em cadelas
O tratamento da piometra em cadelas é considerado uma cirurgia de emergência, e por isso envolve custos mais elevados que uma castração preventiva. O valor final depende da gravidade da doença, do tempo de internação e da estrutura da clínica veterinária.
1. Fatores que influenciam o custo
Tipo de piometra: casos de piometra fechada exigem monitoramento intensivo e são mais caros.
Estado geral da paciente: cadelas com insuficiência renal ou sepse necessitam de fluidoterapia e medicamentos adicionais.
Exames pré-operatórios: incluem hemograma, ultrassonografia e bioquímica sanguínea.
Internação e pós-operatório: quanto mais longo o período de recuperação hospitalar, maior o custo.
Localização e porte da cadela: clínicas em grandes centros urbanos tendem a ter custos mais altos, e cadelas de grande porte requerem mais anestesia e material cirúrgico.
2. Estimativas médias de custos (2025)
Serviço | Brasil (R$) | Portugal (€) | Observações |
Consulta e exames iniciais | 200 – 600 | 25 – 60 | Inclui ultrassonografia e hemograma |
Cirurgia de emergência (ovariohisterectomia) | 1.200 – 3.000 | 180 – 350 | Varia conforme o porte e anestesia |
Internação e medicamentos | 300 – 900 | 50 – 120 | Inclui fluidoterapia e antibióticos |
Reavaliações e curativos | 100 – 250 | 15 – 40 | Após a alta médica |
Custo total médio | 1.800 – 4.500 R$ | 270 – 550 € | Pode ser maior em casos graves |
Nos casos de sepse ou ruptura uterina, o valor pode ultrapassar R$ 6.000 no Brasil ou € 700 em Portugal, devido ao uso de antibióticos de alto custo e suporte intensivo.
3. Comparação com a castração preventiva
A castração preventiva custa em média R$ 300 a R$ 800 (Brasil) ou € 60 a € 150 (Portugal) — menos de 20% do custo de tratar uma piometra.Além de eliminar o risco da doença, o procedimento é rápido, seguro e com recuperação muito mais simples.
4. Aspecto ético e econômico
Adiar a castração por receio ou economia imediata pode resultar em custos muito maiores e sofrimento para o animal. Do ponto de vista ético, a prevenção é sempre o caminho mais humano e responsável, evitando dor, infecção e risco de morte.
Perguntas Frequentes sobre a Piometra Canina (FAQ)
O que é exatamente a piometra em cadelas?
A piometra é uma infecção bacteriana grave que acomete o útero das cadelas não castradas. Ela ocorre quando o acúmulo de pus dentro do útero provoca inflamação e liberação de toxinas na corrente sanguínea. Sem tratamento, pode evoluir para sepse e levar o animal à morte em poucos dias.
Quais são os principais sintomas da piometra em cadelas?
Os sintomas incluem apatia, perda de apetite, febre, aumento da sede, abdômen distendido e corrimento vaginal purulento. Nos casos mais avançados, aparecem vômitos, diarreia e sinais de dor abdominal.
O que diferencia a piometra aberta da fechada?
Na piometra aberta, o colo uterino está dilatado e há secreção purulenta visível na vulva. Já na piometra fechada, o colo permanece selado e o pus fica retido, aumentando o risco de ruptura uterina e peritonite.
A piometra é uma emergência veterinária?
Sim. A piometra é uma urgência absoluta. Cada hora de atraso no atendimento aumenta o risco de sepse e falência de órgãos.
Por que a piometra ocorre após o cio?
Durante o diestro, a progesterona mantém o útero preparado para uma possível gestação. Se não houver fecundação, esse ambiente fechado e úmido se torna ideal para o crescimento bacteriano.
A piometra pode afetar cadelas jovens?
Sim, embora seja mais comum em fêmeas adultas e idosas. Em cadelas jovens, geralmente está associada ao uso de anticoncepcionais ou a infecções uterinas pós-parto.
O uso de anticoncepcionais pode causar piometra?
Sim. Os anticoncepcionais à base de progesterona alteram o endométrio e reduzem as defesas naturais do útero, facilitando infecções bacterianas e aumentando drasticamente o risco de piometra.
Como o veterinário diagnostica a piometra?
O diagnóstico é feito com base em exame clínico, histórico reprodutivo, hemograma, exames bioquímicos e ultrassonografia abdominal, que mostra o útero distendido com líquido purulento.
A piometra tem tratamento sem cirurgia?
Raramente. O tratamento clínico com antibióticos e prostaglandinas pode ser tentado em casos muito leves e em cadelas reprodutoras, mas tem alto índice de recidiva. A cirurgia é o único tratamento definitivo.
Como é a cirurgia de piometra?
A cirurgia consiste na ovariohisterectomia, que remove útero e ovários. O procedimento é feito sob anestesia geral e requer extremo cuidado para evitar vazamento de pus na cavidade abdominal.
A cadela sente dor após a cirurgia?
Sim, mas o desconforto é controlado com analgesia multimodal, associando opioides e anti-inflamatórios. O alívio da dor é fundamental para a recuperação.
Quanto tempo dura a recuperação após a cirurgia?
Normalmente, a recuperação leva de 10 a 20 dias. Nos primeiros 3 a 5 dias, o apetite e a vitalidade começam a retornar. A ferida cirúrgica cicatriza completamente em cerca de duas semanas.
A piometra pode voltar depois da cirurgia?
Não, desde que todo o útero e ovários tenham sido removidos. A única exceção é a piometra de coto uterino, que ocorre se restar tecido residual.
A doença é contagiosa para outros animais?
Não. A piometra não é contagiosa. As bactérias envolvidas vêm do próprio organismo da cadela e não são transmitidas entre animais.
Qual é o risco de morte na piometra?
Depende do estágio da doença. Em casos tratados precocemente, o índice de sucesso é superior a 90%. Já nos casos com sepse ou ruptura uterina, o risco pode ultrapassar 40%.
O que acontece se a piometra não for tratada?
Sem tratamento, o útero pode romper e liberar pus na cavidade abdominal, causando peritonite e falência de órgãos. A morte ocorre em poucos dias.
Como prevenir a piometra em cadelas?
A única forma eficaz é a castração preventiva. Realizada antes do primeiro cio, elimina totalmente o risco de piometra e reduz drasticamente o de câncer de mama.
A castração altera o comportamento da cadela?
Sim, mas de forma positiva. A cadela tende a ficar mais calma, menos territorial e sem comportamentos relacionados ao cio. Não há perda de “personalidade” nem prejuízo à saúde mental.
A cadela pode ter filhotes depois de uma piometra?
Não. Mesmo que tratada clinicamente, o útero fica comprometido e perde a capacidade de gestação.
Quanto custa o tratamento da piometra em cadelas?
O custo médio varia entre R$ 1.800 e R$ 4.500 no Brasil e € 270 a € 550 em Portugal, dependendo da gravidade, do porte da cadela e do tempo de internação.
O tratamento é o mesmo em cadelas idosas?
Sim, mas o risco anestésico é maior. Cadelas idosas exigem estabilização prévia com fluidos e monitoramento intensivo durante a cirurgia.
A piometra pode causar infertilidade mesmo sem cirurgia?
Sim. A infecção destrói o tecido endometrial, inviabilizando futuras gestações.
Quais complicações podem ocorrer após a cirurgia?
Podem ocorrer infecção de ferida cirúrgica, anemia, insuficiência renal ou recidiva em casos raros de tecido residual. A maioria é tratável com acompanhamento adequado.
O que o tutor deve fazer após a alta médica?
Manter o repouso absoluto, impedir que a cadela lamba os pontos, oferecer alimentação leve e seguir rigorosamente a prescrição de antibióticos e analgésicos.
Cadelas castradas podem ter piometra?
Não, desde que a castração tenha sido completa. A doença depende da presença de útero e influência hormonal, que são eliminados na cirurgia.
As cadelas castradas vivem mais?
Sim. Além de prevenir piometra e tumores, a castração melhora a qualidade de vida e reduz comportamentos de estresse. Estudos mostram aumento de até 3 anos na expectativa de vida.
Quando procurar o veterinário diante de suspeita de piometra?
Imediatamente. Mesmo sintomas leves — como apatia, febre ou secreção vaginal — exigem avaliação. A rapidez no diagnóstico é determinante para a sobrevivência.
Fontes (Sources)
Cat Fanciers’ Association (CFA)
The International Cat Association (TICA)
American Veterinary Medical Association (AVMA)
Mersin Vetlife Veterinary Clinic – Haritada Aç: https://share.google/XPP6L1V6c1EnGP3Oc




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