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Hemograma em cães (Exame de sangue completo – CBC) – Tudo o que você precisa saber

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    VetSağlıkUzmanı
  • há 3 dias
  • 12 min de leitura

O que é o hemograma em cães e por que ele é importante

O hemograma, também chamado de CBC (Complete Blood Count), é um dos exames laboratoriais mais importantes na medicina veterinária. Ele avalia os três principais tipos de células do sangue — hemácias (RBC), leucócitos (WBC) e plaquetas (PLT) — permitindo entender o estado geral de saúde do animal.

O hemograma fornece informações sobre a capacidade de transporte de oxigênio, a resposta imunológica e a capacidade de coagulação do organismo. É utilizado tanto para diagnóstico precoce quanto para o monitoramento de doenças crônicas.

O exame é realizado a partir de uma amostra de sangue coletada em um tubo com EDTA (tampa roxa). O sangue é processado em um analisador hematológico, que mede parâmetros como HGB, HCT, MCV, MCH, MCHC, WBC e PLT. Os resultados variam de acordo com fatores como idade, raça, nível de hidratação, estresse e presença de doenças.

O hemograma é indicado em diversas situações clínicas:

  • Perda de apetite, febre, cansaço, perda de peso ou gengivas pálidas.

  • Exames pré-cirúrgicos.

  • Suspeita de infecção, anemia ou inflamação.

  • Monitoramento de tratamentos prolongados (como quimioterapia ou corticoides).

  • Avaliação de distúrbios hemorrágicos ou de coagulação.

Em muitos casos, as alterações hematológicas aparecem antes dos sintomas clínicos, tornando o hemograma um exame preventivo essencial para cães.

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Valores normais do hemograma em cães e sua interpretação (Tabela)

A tabela a seguir apresenta os valores de referência médios para cães adultos, com seus significados clínicos. É importante lembrar que os valores podem variar de acordo com o laboratório e o tipo de equipamento utilizado.

Parâmetro

Faixa de referência

Significado clínico

WBC (Leucócitos)

6.0 – 17.0 ×10⁹/L

Indica a resposta imunológica. Elevado em infecções ou inflamações; baixo em supressão medular ou infecções virais.

RBC (Hemácias)

5.5 – 8.5 ×10¹²/L

Reflete a capacidade de transporte de oxigênio. Baixo em anemia; alto em desidratação ou policitemia.

HGB (Hemoglobina)

12 – 18 g/dL

Avalia a capacidade de transporte de oxigênio. Reduzido em anemias; elevado em desidratação.

HCT (Hematócrito)

37 – 55%

Representa a proporção de células vermelhas no sangue. Baixo em anemia; alto em desidratação.

MCV (Volume corpuscular médio)

60 – 77 fL

Indica o tamanho médio das hemácias. Baixo em anemia microcítica; alto em anemia macrocítica.

MCH (Hemoglobina corpuscular média)

19 – 24 pg

Mede a quantidade média de hemoglobina por hemácia. Útil para classificar o tipo de anemia.

MCHC (Concentração de hemoglobina corpuscular média)

32 – 36 g/dL

Mede a concentração de hemoglobina dentro da hemácia. Baixo em anemias hipocrômicas.

PLT (Plaquetas)

150 – 500 ×10⁹/L

Essenciais para a coagulação. Reduzidas em trombocitopenia; elevadas em inflamação.

MPV (Volume plaquetário médio)

9 – 12 fL

Mede o tamanho médio das plaquetas. Aumento indica regeneração plaquetária ativa.

PDW (Amplitude de distribuição plaquetária)

10 – 18 fL

Indica variação no tamanho das plaquetas. Elevado em destruição ou regeneração ativa.

NLR (Relação neutrófilo/linfócito)

2 – 5

Indicador de inflamação e estresse. Valores >5 sugerem inflamação severa.

PLR (Relação plaqueta/linfócito)

100 – 300

Associado a inflamações crônicas e distúrbios neoplásicos.

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Leucócitos (WBC) e seus subtipos em cães

Os leucócitos, ou glóbulos brancos, são as células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções, inflamações e agentes estranhos. O valor total de WBC mostra o nível geral de resposta imunológica, enquanto a contagem diferencial — neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos — permite identificar o tipo e a fase do processo patológico.

Neutrófilos

Constituem entre 60% e 80% dos leucócitos totais em cães saudáveis. São as primeiras células a responder diante de infecções bacterianas e inflamações agudas.

  • Neutrofilia (aumento de neutrófilos): indica infecção bacteriana, inflamação, necrose tecidual, uso de corticoides ou estresse.

  • Neutropenia (redução): ocorre em infecções virais (ex.: parvovirose), sepse grave ou depressão da medula óssea.

Linfócitos

Representam de 10% a 30% dos leucócitos. Atuam na imunidade adaptativa e no combate a infecções virais.

  • Linfocitose: associada a infecções crônicas, doenças imunomediadas ou neoplasias linfoproliferativas.

  • Linfopenia: comum em situações de estresse, tratamento com corticoides ou infecções virais que afetam a medula óssea.

Monócitos

São células fagocitárias que circulam no sangue e se transformam em macrófagos nos tecidos.

  • Monocitose: ocorre em inflamações crônicas, destruição tecidual ou recuperação de infecções.

  • Monocitopenia: rara e, geralmente, sem relevância clínica.

Eosinófilos

Elevam-se em reações alérgicas e infestações parasitárias como dermatite alérgica por pulgas, verminoses intestinais e dirofilariose (verme do coração).

Basófilos

São os leucócitos menos numerosos e frequentemente aumentam junto com os eosinófilos. Liberam histamina e participam de reações de hipersensibilidade.

A interpretação ideal deve considerar tanto o número total de leucócitos quanto os valores absolutos de cada subtipo. Uma neutrofilia acompanhada de linfopenia caracteriza o chamado leucograma de estresse, enquanto a eosinofilia associada à basofilia sugere uma causa alérgica ou parasitária.

Hemácias (RBC) e seu significado clínico em cães

As hemácias, ou glóbulos vermelhos, são responsáveis pelo transporte de oxigênio aos tecidos e pela remoção de dióxido de carbono. Sua quantidade, formato e conteúdo de hemoglobina fornecem informações essenciais sobre o estado hematológico do cão.

Hemácias aumentadas (eritrocitose ou policitemia)

Um número elevado de RBC pode ocorrer por:

  • Desidratação, que concentra o sangue pela perda de plasma.

  • Hipóxia crônica, comum em cães que vivem em regiões de alta altitude.

  • Policitemia vera, um distúrbio raro da medula óssea que aumenta a produção de hemácias.

Hemácias reduzidas (anemia)

A diminuição do número de hemácias caracteriza a anemia, que pode ser:

  1. Anemia por perda de sangue: devido a traumas, cirurgias ou hemorragias internas.

  2. Anemia hemolítica: destruição prematura das hemácias por causas imunomediadas (AIMHA), tóxicas ou infecciosas.

  3. Anemia não regenerativa: falha na produção medular, insuficiência renal ou deficiências nutricionais (ferro, ácido fólico, B12).

Para identificar o tipo de anemia, analisam-se os índices eritrocitários (MCV, MCH e MCHC):

  • MCV e MCHC baixos: anemia microcítica hipocrômica (deficiência de ferro).

  • MCV alto: anemia regenerativa ou macrocítica.

  • Valores normais: anemia de doença crônica.

O exame microscópico do esfregaço sanguíneo pode mostrar esferócitos, esquizócitos ou corpos de Heinz, indicativos de anemias hemolíticas ou tóxicas.


Hemoglobina (HGB), Hematócrito (HCT), MCV, MCH e MCHC em cães

Esses parâmetros avaliam a capacidade de transporte de oxigênio e as características estruturais das hemácias, sendo fundamentais para a classificação e o diagnóstico dos diferentes tipos de anemia.

Hemoglobina (HGB)

A hemoglobina é uma proteína que contém ferro e transporta oxigênio dentro das hemácias. Em cães, o valor normal situa-se entre 12 e 18 g/dL.

  • HGB baixa: indica anemia, doença crônica ou hemorragia.

  • HGB alta: observada em desidratação, policitemia vera ou em cães adaptados à altitude.

Hematócrito (HCT)

Representa a porcentagem de sangue ocupada pelas hemácias (valor normal: 37–55%).

  • HCT baixo: indica perda de sangue, destruição de hemácias ou produção insuficiente na medula óssea.

  • HCT alto: ocorre em desidratação ou em casos de eritrocitose verdadeira.

Volume corpuscular médio (MCV)

O MCV mede o tamanho médio das hemácias (faixa normal: 60–77 fL).

  • MCV baixo (microcitose): deficiência de ferro ou doenças inflamatórias crônicas.

  • MCV alto (macrocitose): anemia regenerativa ou deficiência de vitamina B12/folato.

Hemoglobina corpuscular média (MCH)

O MCH (faixa normal: 19–24 pg) mede a quantidade média de hemoglobina por hemácia. Valores baixos sugerem anemia hipocrômica, geralmente por deficiência de ferro.

Concentração de hemoglobina corpuscular média (MCHC)

O MCHC (faixa normal: 32–36 g/dL) indica a concentração de hemoglobina dentro das hemácias.

  • MCHC baixo: associado a anemias hipocrômicas.

  • MCHC alto: geralmente artefato laboratorial ou resultado de hemólise.

Combinações diagnósticas típicas:

  • MCV ↓ + MCHC ↓ → anemia microcítica hipocrômica (deficiência de ferro).

  • MCV ↑ + MCHC normal → anemia macrocítica regenerativa.

  • MCV normal + MCHC normal → anemia de doença crônica.

A contagem de reticulócitos complementa essa interpretação, indicando se há resposta regenerativa ativa da medula óssea.

Plaquetas (PLT), MPV, PDW e PCT em cães

As plaquetas (trombócitos) são fragmentos celulares essenciais para a coagulação do sangue e a cicatrização de tecidos. Seus parâmetros refletem tanto a produção quanto a destruição e o consumo plaquetário.

Recontagem de plaquetas (PLT)

Faixa normal: 150–500 ×10⁹/L

  • Trombocitopenia (PLT baixo): pode ocorrer por destruição imunomediada (IMT), infecções virais, perda sanguínea grave ou depressão medular. Aumenta o risco de sangramentos.

  • Trombocitose (PLT alto): vista em inflamações, deficiência de ferro ou após esplenectomia.

Volume plaquetário médio (MPV)

Faixa normal: 9–12 fL

  • MPV alto: indica regeneração plaquetária ativa, presença de plaquetas jovens e grandes.

  • MPV baixo: sugere falha na produção pela medula óssea.

Amplitude de distribuição plaquetária (PDW)

Faixa normal: 10–18 fL

  • PDW alto: mostra variação no tamanho das plaquetas, associada a destruição ou regeneração acelerada.

  • PDW baixo: indica população plaquetária uniforme, geralmente sem relevância clínica.

Plaquetócrito (PCT)

Representa a porcentagem do volume sanguíneo ocupado por plaquetas (faixa normal: 0,20–0,50%).

  • PCT baixo: indica trombocitopenia ou perda de sangue.

  • PCT alto: indica resposta inflamatória ou trombocitose reativa.

A análise integrada de PLT, MPV, PDW e PCT é essencial para diferenciar entre distúrbios de destruição, consumo ou produção plaquetária, auxiliando no diagnóstico de doenças imunomediadas e processos inflamatórios sistêmicos.


Importância clínica das relações NLR e PLR em cães

As relações NLR (neutrófilo/linfócito) e PLR (plaqueta/linfócito) têm ganhado destaque como biomarcadores inflamatórios e indicadores de estresse sistêmico em cães. Elas oferecem uma visão mais ampla da resposta imunológica do que os valores isolados das células.

Relação neutrófilo/linfócito (NLR)

A NLR é calculada dividindo-se o número absoluto de neutrófilos pelo de linfócitos. Em cães saudáveis, o valor normal situa-se entre 2 e 5.

  • NLR >5: indica infecção bacteriana aguda, septicemia, pancreatite, piometra ou síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS).

  • NLR <2: associada a infecções virais, imunossupressão ou doenças linfoproliferativas.

A NLR é menos influenciada por desidratação e tratamento com corticoides, sendo considerada um marcador estável e confiável da intensidade inflamatória e do prognóstico clínico.

Relação plaqueta/linfócito (PLR)

O PLR resulta da divisão do número de plaquetas pelo número de linfócitos. O valor de referência para cães situa-se entre 100 e 300.

  • PLR alto (>300): sugere inflamação crônica, estresse oxidativo ou resposta imune relacionada a processos neoplásicos.

  • PLR baixo (<100): indica infecções virais ou ativação linfocitária intensa.

A análise combinada de ambas as relações ajuda na diferenciação entre tipos de infecção e no monitoramento terapêutico:

  • NLR e PLR altos: inflamação sistêmica grave.

  • NLR alto e PLR normal: infecção bacteriana aguda.

  • NLR e PLR baixos: resposta imune viral ou imunossupressão.

Por serem parâmetros simples, de baixo custo e obtidos a partir do próprio hemograma, NLR e PLR são amplamente utilizados na prática clínica veterinária moderna.

Alterações do hemograma em anemia, desidratação e infecções em cães

As variações hematológicas refletem as respostas fisiológicas e patológicas do organismo. Entre as condições mais frequentes estão anemia, desidratação e infecções.

Anemia

A anemia é caracterizada pela diminuição de RBC, HGB e HCT.

  • Anemia regenerativa: causada por perda sanguínea ou hemólise, com aumento do número de reticulócitos.

  • Anemia não regenerativa: resultado de insuficiência renal, doenças crônicas ou falha na medula óssea.

  • Anemia microcítica hipocrômica: geralmente por deficiência de ferro.

  • Anemia macrocítica: associada à regeneração ativa ou deficiência de folato/B12.

Clinicamente, o cão pode apresentar mucosas pálidas, cansaço, taquicardia e intolerância ao exercício. O exame do esfregaço sanguíneo ajuda a confirmar causas hemolíticas, evidenciando esferócitos ou corpos de Heinz.

Desidratação

Na desidratação, ocorre aumento aparente dos valores de HCT, HGB e RBC, devido à redução do volume plasmático. As proteínas totais e albumina também ficam elevadas. Após a reidratação, esses parâmetros retornam ao normal em até 48 horas.

Infecções e inflamação

  • Infecções bacterianas: causam neutrofilia, desvio à esquerda (presença de neutrófilos imaturos) e monocitose.

  • Infecções virais: provocam linfopenia ou linfocitose, conforme o estágio da doença.

  • Infestações parasitárias: geram eosinofilia (como em verminoses e dirofilariose).

  • Inflamações crônicas: podem cursar com monocitose e PLR elevado.

A interpretação conjunta de todos os parâmetros permite ao veterinário diferenciar entre processos bacterianos agudos, inflamatórios crônicos e virais, direcionando o diagnóstico e o tratamento de forma mais precisa.


Diferenças de referência em filhotes, cães idosos, gestantes e raças distintas

Os valores de referência do hemograma variam de acordo com idade, raça, sexo, condição fisiológica e ambiente. Interpretar os resultados sem considerar essas variáveis pode levar a diagnósticos incorretos.

Filhotes (neonatos e jovens)

Nos primeiros meses de vida, a medula óssea ainda está em desenvolvimento, e o sistema imunológico é imaturo.

  • RBC, HGB e HCT: valores geralmente menores que os de cães adultos.

  • MCV e MCH: podem estar ligeiramente aumentados — é a chamada macrocitose fisiológica.

  • WBC: mais altos devido à predominância de linfócitos.

  • PLT: alcançam níveis de adulto após algumas semanas de vida.

Filhotes são mais suscetíveis à anemia parasitária (pulgas, carrapatos, vermes intestinais) e a deficiências nutricionais, por isso devem ser avaliados com faixas de referência específicas para idade.

Cães idosos (geriátricos)

Com o envelhecimento, a capacidade da medula óssea de produzir células sanguíneas diminui.

  • RBC, HGB e HCT: reduzem ligeiramente.

  • WBC: pode aumentar discretamente por inflamações crônicas de baixo grau (“inflamm-aging”).

  • PLT: pode diminuir, enquanto o MPV tende a aumentar, indicando menor eficiência plaquetária.Anemias em cães idosos costumam estar associadas a doenças crônicas ou insuficiência renal.

Cadelas gestantes

Durante a gestação, há aumento do volume plasmático, o que dilui as células sanguíneas.

  • HCT e HGB: diminuem levemente, sem representar doença.

  • WBC: aumenta devido à predominância de neutrófilos.

  • PLT: pode reduzir ligeiramente, mas sem risco clínico.Essas alterações são fisiológicas e devem ser interpretadas conforme o estágio da gestação.

Diferenças raciais

Certas raças apresentam perfis hematológicos únicos:

  • Greyhound e outras raças de corrida: RBC, HGB e HCT naturalmente mais altos (maior capacidade de oxigenação).

  • Akita e Shiba Inu: tendência à microcitose fisiológica (MCV baixo, sem anemia).

  • Cavalier King Charles Spaniel: plaquetas levemente reduzidas (pseudotrombocitopenia).

  • Poodle: pode apresentar leve neutrofilia e proteínas totais elevadas.

Por isso, o uso de intervalos de referência específicos por raça e idade é essencial para garantir uma interpretação precisa do hemograma.

Aplicação clínica do hemograma na medicina veterinária

O hemograma é uma das ferramentas mais importantes na rotina veterinária, oferecendo uma visão detalhada da saúde sistêmica do cão. Entretanto, seu real valor está em ser interpretado em conjunto com o exame físico, histórico clínico e outros testes laboratoriais.

Principais aplicações diagnósticas

  • Triagem preventiva: detecta alterações hematológicas antes dos sintomas.

  • Avaliação pré-cirúrgica: identifica anemias, infecções ou distúrbios de coagulação antes da anestesia.

  • Acompanhamento de doenças crônicas: monitora a evolução e resposta ao tratamento em casos de insuficiência renal, endocrinopatias e neoplasias.

Monitoramento terapêutico e prognóstico

  • Durante o uso de antibióticos: a normalização de WBC e neutrófilos indica recuperação.

  • Tratamento de anemia: aumento do HCT e de reticulócitos confirma resposta medular positiva.

  • Inflamações e tumores: a redução das relações NLR e PLR demonstra melhora inflamatória.

Exemplos clínicos comuns

  1. Parvovirose canina: leucopenia e neutropenia acentuadas.

  2. Síndrome de Cushing: neutrofilia, linfopenia, eosinopenia e NLR elevado.

  3. Dirofilariose: eosinofilia e monocitose.

  4. Anemia ferropriva: baixos HGB, HCT, MCV e MCHC.

  5. Hemorragia aguda: HCT reduzido, mas MCV e MCHC inicialmente normais.

Interpretação integrada

O hemograma, isoladamente, não fornece diagnóstico definitivo. Sua força está na avaliação integrada com exames bioquímicos, urinálise e achados clínicos, permitindo ao veterinário um panorama completo do estado fisiológico e metabólico do cão.


Perguntas Frequentes (FAQ)

O que é o hemograma em cães?

O hemograma é um exame laboratorial que analisa os glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas do sangue. Ele fornece uma visão geral do estado de saúde do cão, avaliando oxigenação, defesa imunológica e coagulação.

Por que o hemograma é importante para os cães?

Porque é um exame simples e completo que permite detectar precocemente infecções, anemias, inflamações e doenças sistêmicas, mesmo antes do aparecimento de sintomas clínicos.

Quando o hemograma deve ser realizado?

Quando o cão apresenta fraqueza, perda de apetite, febre, emagrecimento, gengivas pálidas ou antes de uma cirurgia. Também é indicado em tratamentos prolongados e doenças crônicas.

Quanto tempo demora para sair o resultado do hemograma?

Na maioria das clínicas veterinárias, o resultado sai no mesmo dia. Os analisadores automáticos fornecem os valores em poucos minutos, permitindo diagnóstico rápido.

O que significa WBC alto em cães?

WBC alto (leucocitose) indica resposta imunológica a infecções bacterianas, inflamação ou estresse fisiológico. Também pode ocorrer após uso de corticoides.

E o que causa WBC baixo (leucopenia)?

WBC baixo geralmente está relacionado a infecções virais, supressão de medula óssea, intoxicações ou sepse grave. Cães com leucopenia ficam mais suscetíveis a infecções.

O que significa HCT baixo?

Um hematócrito baixo indica anemia, causada por perda de sangue, destruição de hemácias ou baixa produção medular.

Por que o número de hemácias pode estar alto?

Na maioria dos casos, por desidratação, que reduz o volume plasmático e aumenta a concentração de hemácias. Também pode ocorrer em cães que vivem em regiões de altitude ou com policitemia vera.

A trombocitopenia (PLT baixo) é perigosa?

Sim. A queda de plaquetas aumenta o risco de hemorragias espontâneas. As causas mais comuns são doenças imunomediadas, infecções virais e toxinas.

O que significa MPV alto no hemograma de cães?

Indica produção ativa de plaquetas pela medula óssea. Plaquetas jovens e grandes elevam o MPV, especialmente após sangramentos.

O que são as relações NLR e PLR em cães?

NLR (neutrófilo/linfócito) e PLR (plaqueta/linfócito) são índices derivados do hemograma que indicam o grau de inflamação e estresse sistêmico.

O que indica NLR alto em cães?

NLR acima de 5 indica infecção bacteriana, inflamação severa, piometra ou síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS).

O que significa PLR alto em cães?

Um PLR acima de 300 sugere inflamação crônica, estresse oxidativo ou presença de neoplasia.

Quais são os sinais de anemia em cães?

Gengivas pálidas, cansaço, respiração acelerada, fraqueza e intolerância ao exercício. O hemograma mostra RBC, HGB e HCT reduzidos.

A anemia em cães tem tratamento?

Sim. O tratamento depende da causa: ferro e vitaminas em deficiências nutricionais, transfusão em anemias graves e imunossupressores em casos imunomediados.

O que significa eosinofilia em cães?

Eosinófilos altos geralmente indicam alergias ou infestações parasitárias, como verminoses e dirofilariose.

O que causa linfopenia em cães?

Linfócitos baixos ocorrem em situações de estresse, uso de corticoides ou infecções virais que afetam a medula óssea.

O que é um leucograma de estresse?

É um padrão hematológico caracterizado por neutrofilia, linfopenia e eosinopenia, típico em cães sob estresse físico, dor, cirurgia ou uso de corticoides.

Cadelas prenhas têm hemogramas diferentes?

Sim. Durante a gestação ocorre hemodiluição fisiológica (redução leve de HCT e HGB) e aumento de neutrófilos. É uma adaptação normal.

O cão precisa estar em jejum para fazer o hemograma?

Sim. Recomenda-se jejum de 8 a 10 horas para evitar interferências nos resultados e garantir maior precisão.

O que são reticulócitos e por que são importantes?

Reticulócitos são hemácias jovens liberadas pela medula óssea. Níveis altos indicam resposta regenerativa à anemia.

O que pode causar erros nos resultados do hemograma?

Amostras coaguladas, armazenamento inadequado, demora no processamento ou erro técnico podem alterar os resultados.

Com que frequência o hemograma deve ser feito?

Em cães saudáveis, uma vez por ano. Em cães idosos ou com doenças crônicas, a cada 3–6 meses.

Qual a diferença entre hemograma e exame bioquímico?

O hemograma avalia células sanguíneas, enquanto a bioquímica analisa função de órgãos (fígado, rins, glicose, eletrólitos). São exames complementares.

Como interpretar corretamente um hemograma?

Sempre em conjunto com histórico clínico, exame físico e outros testes. Nenhum valor isolado deve ser usado para diagnóstico definitivo.


Palavras-chave (Keywords)

hemograma em cães, exame de sangue completo em cães, anemia em cães, valores hematológicos em cães, CBC canino

Fontes (Sources)

  • American College of Veterinary Internal Medicine (ACVIM)

  • Cornell University College of Veterinary Medicine

  • Merck Veterinary Manual

  • Clinical Pathology of Domestic Animals – Thrall et al.

  • Mersin Vetlife Veterinary Clinic – Abrir no mapa: https://share.google/XPP6L1V6c1EnGP3Oc

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